segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ata da Reunião realizada durante o 8º. Congresso de Prevenção

Pautas: *Encontro Nacional / *CNAIDS

A reunião inicia-se com Adriana Aros informando que não esta mais na Representação Estadual do MNCP+ SP, porém informa que o CNPJ que esta responsável pelo projeto do Encontro Nacional junto ao Departamento Nacional é o da entidade que ela atualmente preside – a Associação Lar, na cidade de Osasco/SP. Informa também que a representação do MNCP+ SP esta atualmente com a companheira Silvinha Almeida.Quanto ao projeto, foi enviado ao Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais em 06/06/2010 e este se manifestará sobre o assunto no início de Julho. Assim que receber a resposta estará enviando a informação da data oficial da realização do evento. Ainda com uso da fala informou que no Estado de SP foi constituído um Colegiado Estadual composto pelas 05 regiões do Estado e que esta forma de trabalhar tem dado certo graças à articulação de seus membros. Foi solicitada no Projeto uma verba de 70 mil reais que deverá cobrir: hospedagem, alimentação, espaço físico e coffe break. Informou também que o evento acontecerá no municipio de Atibaia no Estado de SP, que todos devem ir ate a Capital de SP e pegar um ônibus ate a cidade de Atibaia, e o custo da passagem ficará em torno de R$ 12,00(Doze Reais). Com relação à Comissão Organizadora do evento, a sugestão de Adriana é que se constitua com alguns membros do Colegiado Nacional da região Sudeste, enquanto que os outros Estados devem articular localmente a sua vinda para SP. Adriana propõe que a comissão Organizadora seja composta pelas 05 representações das Macro-Regiões do Estado de SP mais as representantes dos Estados que compõem a região Sudeste: Eliana de Minas Gerais, Cida do RJ e a Claudia do Espírito Santo, informando também que não possuímos dinheiro para o custeio das vindas destas representantes para as reuniões que antecedem o Encontro Nacional, tendo as mesmas que viabilizarem suas vindas por seus estados de origem. Foi pontuado o problema visto em outros encontros quando ao termino é tirado um documento como a Carta de Aracajú, onde grande parte das propostas não foi efetivada, pois faltou atuação das lideranças em suas bases. E que seria necessário estabelecer tempo para o desenvolvimento de cada proposta. Por esse motivo foi pontuada por Adriana a necessidade de reuniões posteriores ao Encontro para algumas tarefas de prestação de contas. A representante Natia da cidade de Jundiaí/SP pede a palavra e avisa as amigas que a cidade onde mora fica próxima de SP e coloca a sua casa a disposição caso alguma cidadãs necessite de pernoitar nos dias que antecedem ou sucedem o evento. Adriana explica que por conta da Copa do mundo e também das eleições 2010 ficará inviável realizar o encontro em Outubro de 2010 e que provavelmente marquemos para de Novembro de 2010; mas isso também deverá ser definido e informado pela Comissão Organizadora neste momento formada pelo Colegiado de São Paulo e mais as 4 regiões do Sudeste ( Cida RJ – Eliana – MG e Claudinha – ES). Jenice se prontifica a redigir um modelo de carta para solicitar apoio de parceiros viabilizando a vinda das cidadãs para o Encontro Nacional após o dia primeiro. E cada representante colocará o nome do coordenador do Estado/ municipio.Com a comissão montada será pensado uma pré data para o evento e divulgada no e-grup.. Adriana solicita também que o e-grup das Cidadãs Nacional e lideranças seja utilizado de forma mais otimizada sem emendar um assunto, pois coisas importantes são colocadas junto com felicitações de Aniversario, sem que se faça mudança do assunto na barra de ferramenta. Com isso alguns assuntos importantes são delatados sem que se tome ciência do total conteúdo. Pipoca chama atenção para os eixos temáticos e sugere que todas possam dar sugestões para ver o que é viável, e pede que convidemos Irina Bacci para falar sobre a Saúde da Mulher Lésbica e indica também o nome de Jandira Queiroz, ambas com vasto conhecimento nesta área, e informa que a UNAIDS E ONU cobrou atuação das mesmas para sair da invisibilidade. Adriana Aros orientou que as indicações de convidados, se possível, devem ser acompanhadas de telefone ou e-mail para contato para que a comissão possa efetivar o convite. Lembrando que antes temos que ver a agenda da pessoa indicada e também considerar que não temos dinheiro pra trazer alguém de locais de grande distancia. Em seguida foi sugerido fossem apontados tema de relevância para serem abordados no encontro: Aids e Trabalho; Advocacy Soro discordância; Criminalização do HIV. A Sra. Kátia Damascena com a palavra diz que o segmento LGBT consegue tudo que quer, pois fazem advocacy, e afirma que devemos convidar um representante deles para falar sobre a temática advocacy. Simone Ferreira fala do SOS Corpo, sugere temas mais abrangente sobre a mulher. Jenice sugere ser temas que envolvam a construção de políticas. Em seguida muitas se manifestaram dizendo que nosso movimento ainda é muito amor, carinho porem temos que pensar num encontro mais político e com aprendizado mais técnico. O colegiado não discute temas políticos e pouco se fala em advocacy, temas como: direitos sexuais e reprodutivos e também efeitos dos ARV (anti-retrovirais) em nós mulheres. Adriana diz que é de suma importância temas de nível nacional ser discutido no coletivo com propostas de encaminhamento após as discussões.Infelizmente com R$ 70 mil não será possível trazer palestrantes de muito longe. Jenice fala da importância de ter uma visão pragmática, com critérios de participação, sendo melhor trazer poucas pessoas para discutir políticas e que as integrantes mais novas com menos condição de discussão política devem ser levadas em consideração na formulação da programação. Adriana fala que podemos criar alguns critérios de participação, porque os encontros de formação devem ser feitos nas bases, nas cidades e nos estado devendo o Encontro Nacional ser um encontro de tomada de decisões e um dos critérios deve ser ter participado do Encontro Estadual e ter trabalhos voltados nas suas bases – em sua região. Quanto às sugestões podem ser encaminhadas para seu e-mail pessoal.Pipoca menciona que temos que trabalhar políticas e também como acessar o Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Aids, pois ainda infelizmente há mulheres que não se apropriaram do mesmo. É pena que continuemos falando de nos para nos mesmas e muitas se falam somente em eventos. Lilá da Bahia questiona participação de Lívia e da importância de fortalecer a base, pois cada estado tem suas especificidades fala que a Bahia esta capacitando profissionais para Lipodistrofia e ela viu que no Estado de SP e outros já tem hospitais apresentando trabalhos. Falou também da AMB – Articulação de Mulheres Brasileiras, que é uma instituição feminista e que faz políticas publicas, e complementa dizendo o nosso movimento precisa trazer temas mais globais, ex.: O estado da Bahia tem casas de apoio que não aceitava mulheres soro positivas, mas que na linha da violência domestica, chamou então uma audiência publica para discutir e resolver essa questão. Ela acha que o movimento das cidadãs esta desarticulado e com respostas tardias e que é preciso se fortalecer localmente. Propõe falar problemas locais nas bases. Os estados tem autonomia para resolver suas questões. Nívea diz que se tivermos todos os dados para o Encontro Nacional ela tem como conseguir folder’s porem ela só tem 20 dias para que a art. fique pronta. Adriana diz que só pode dar a resposta após o dia 07 de julho e que dará a resposta posteriormente por e-mail para Nívea. Eliana fala da importância de se discutir a saúde da população negra. Drica sugere que seja formada uma comissão para pos encontro para monitorar as ações realizadas. Regina Cohen propõe que foquemos no Plano de Enfrentamento que abrange a mulher como um todo que temos a Secretaria da Mulher ligada a Presidência da Republica e que não podemos mais falar de nos para nos mesmas, cita também que a carta de Aracajú e o Plano de Enfrentamento deve ser melhor discutido nas bases.Cida Lemos diz que as brigas locais são levadas para o Encontro maior, saímos deles dizendo vou fazer e nada é feito, então não podemos reclamar se não fazemos nada, pois as propostas não são viabilizadas porque propomos coisas que não são possíveis. Se de 5 propostas feitas, no maximo implementamos 3, devemos lembrar que estamos gastando dinheiro publico,, Cida fala que esta indignada e que não acredita no nosso modelo de Encontro pois falamos de nos para nos mesmas, a equipe que nos atende não sabe falar conosco, estatuto deve ser adequado a nossa realidade, fazer prevenção para quem convive e ter idéia de como ter essas pessoas de nosso lado. Não posso reclamar se o outro não pode me ouvir, cita um evento que fez e cada uma ficou junto com uma amiga dentro no quarto e não leva nada de novo e também não traz nada de novo as salas ficam vazias no final de eventos, e isso é um problema. Simone representando o MNCP na CNAIDS – informa que será preciso uma carta para referendá-la do Colegiado Nacional, que deverá ser criada uma agenda para ser levada aos deputados, levantar demandas para serem levadas as reuniões. Foi proposto repensar a maneira como tem agido o Colegiado Nacional com relação a sua real atuação.Salienta a importância da retro-alimentação, e as poucas propostas apresentadas muitas vezes ficam sem retorno. Secretaria de Políticas para Mulheres com agenda afirmativa para sair das bases Eduardo Barbosa solicitou uma carta com essas reivindicações e nós não tínhamos a dimensão do que era isso pro Encontro, vamos levar o que vamos produzir no nosso Estado.Nívea informa que será realizada no próximo ano a capacitação para Núcleo Nacional de Mulheres Indígena Cidadãs e um projeto de 74 mil reais. Com relação as Carta de Bahia, e de Aracajú se cada liderança replicasse sua base muito já se teria feito, e fala “se eu não consigo capacitar outra pessoa....” informa que vai ter capacitação indígena, e convidou Pipoca. Menciona que precisará da ajuda de Adriana e Nair para fazer capacitação Nacional e elas precisarão ir antes pra ajudar na Organização. Lilá sugere avaliar propostas dos anos anteriores: ver o que foi feito, e o que não foi feito. E por quê?. Novamente é reforçada a proposta anterior de formação de uma comissão para acompanhar, monitorar e socializar o resultado das ações. Simone sugere a formação de um comitê Estadual para o Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Aids composto por Gestor e Movimento Social respeitando a paridade. Jenice fala que concorda que a discussão seja feita num pequeno grupo e não falar de nos para nos mesmas. Simone enquanto representante da CNAIDS diz que tem 02 propostas que tem que sair com respostas deste momento: uma carta referendando Kátia como sua suplente. E quem vai fazer? Reforça ainda importância de ter cidadãs em inseridas em espaços políticos maiores para pautar o que queremos e que fica difícil trabalhar sozinha pois quando pergunta na lista não obtém respostas. Drica pergunta: como vamos tocar o movimento social das cidadãs se não existe retro alimentação das bases e fala para Simone persistir. Kátia pauta coisa na lista e não recebe nenhum comentário, e relata que fica frustrada, pensando que não é interessante o que ela pautou. Pipoca fala que a linguagem muito difícil, e muitas não se pronunciam por este motivo- “não entende o que leu”. Regina Cohen diz que não é do colegiado e acha que é por isso que suas mensagens não são respondidas ou são ignoradas. Novamente se identifica o problema da comunicação deficiente, e se pede uma melhora nesse sentido. Drica de SP fala que teve progressos na interlocução com RNP+, Fórum e outros grupos dentro do estado de SP, trabalhando em forma de colegiado conquistamos um grande espaço, hoje dentro do GT OG/ONG. Explica que após discussão saiu uma verba Estadual para apoio a FÓRUNS e Redes, e citou o exemplo do Fórum de Ongs de SP que tem mais visibilidade porque tem dinheiro, e fala que as Cidadãs de SP hoje recebem uma verba, seu desfio foi montar um colegiado atuante. Foram elaborados 02 projetos para o ano de 2010 porém para os anos subseqüentes, fomos informadas que o gabinete do Secretario Estadual de Saúde e também o Tribunal de Contas traziam a seguinte exigência, nenhuma ONG ou Movimento receberá financiamento sem seu CNPJ e que isso já esta sendo discutido a nível nacional. A pouco Jose Marcos confirmou que todos os Conselhos de Saúde também terão que providenciar CNPJ para ter repasse de valores financeiro., sendo uma exigência do Tribunal de Contas da União,O MNCP - São Paulo terá 01 ano para se adequar ou então não receber mais a verba , Informou também que no momento da discussão os 03 movimentos do Estado de SP foram a favor (Fórum de ONG, Movimento LGBT e RNP+) mesmo ela sendo contraria seria voto vencido. Regina Cohen e outras meninas dizem que o MNCP tem que ter autonomia em seus Estados para poder desenvolver suas ações e demandas e que não tem os gerencia uma sobre o Estado da outra... Drica alerta que isso vai acontecer e a representante de Roraima afirma que isso já aconteceu por lá. Sobre a reunião das 03 Redes foi informado que a reunião acontecera e Simone diz que devemos tirar naquele momento as representantes: foram definidos 5 nomes: Simone Bitencurt, Adriana Aros; Gisele Dantas; Nívea Pinho, Sirlene Candido(Pipoca). Lisandra mostra o modelo da bolsa que será feita no encontro da macro 04 e diz que mandou a art na lista de e-mail porem só vai ser possível abrir quem tem o programa Corel Draw 12 instalado no seu micro computador, ela disse que vai tentar enviar novamente em modelo WORD para que todas possam abrir para ver porem pra fazer tem que ser enviado no Corel. Silmara Lenda fala dos 03 e-grup existentes qual ela é moderadora: das lideranças; das cidadãs e do colegiado Nacional, ela sugere jogar tudo nas cidadãs...(tem que ser aberto, para saber o que ta rolando, as lideranças não estão socializando e diz que as pessoas têm que ter oportunidades de discussão. Lisandra orienta que se sua liderança Regional , Estadual ou local não te representa todas localmente devem se unir e trocar a liderança. Lilá da Bahia reclama da centralização das informações e diz da importância de oportunizar. Drica fala da metodologia de como desenvolveu o trabalho enquanto liderança no Estado de São Paulo. Simone solicita urgência no envio dos números para a construção de geomapeamento das Cidadãs Nacional. Drica sugere que tudo fica como esta ate o próximo Encontro Nacional.
Renata Soares de Souza
Presidente Prudente
Movimento Nacional das Cidadãs Positivas
24/06/2010

domingo, 4 de julho de 2010

I Oficina de Capacitação "Projeto Saber para Reagir" - Macro II



Realizado em Campinas/SP nos dias 26 e 27 de junho de 2010 em Campinas/SP, a I Oficina de Capacitação do Projeto “Saber para Reagir” da Macro-região II, com o objetivo do fortalecimento individual e coletivo das MVHA.

Programação:

26/06/2010 - Sábado
Apresentação e acolhida;
Contrato de convivência;
Almoço fraterno;
Histórico MNCP;
Projeto Saber para Reagir;
Coffee; adesão aos medicamentos como escolha de VIDA;
Discriminação e Preconceito;
Jantar.
27/06/2010 - Domingo
Controle Social: conhecendo o SUS e meus direitos;
Prevenção Posithiva - DSR;
Almoço;
Fichas de filiação do MNCP;
Plano de Ação e Avaliação;
Coffee e encerramento das atividades.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

COQUETEL DE INCÔMODOS



Mulheres e homens soropositivos sofrem com a lipodistrofia, doença que distribui a gordura corporal de forma desordenada. Estudos mostram que 40% a 50% dos pacientes que tomam antirretrovirais convivem com o mal
Carolina Vicentin


Gisele, Lívia, Kátia e Simoni reclamam da falta de atenção do sistema público de saúde a portadores do HIV que desenvolveram a lipodistrofia

"De repente, eu fiquei gorda em cima e fina do quadril para baixo. Às vezes, ficava sem almoçar ou jantar para ver se perdia peso, mas nada disso resolve”, desabafa a balconista Disney Diniz, 36 anos. A queixa de Disney é comum em boa parte das mulheres portadoras do vírus da Aids. Soropositivos desenvolvem uma doença chamada lipodistrofia, que é a redistribuição da gordura corporal.
Isso significa que o tecido adiposo passa a se concentrar em alguns pontos — nas costas, nos braços, na nuca, nas mamas e no abdômen — e simplesmente desaparece em outros, como no rosto e no bumbum. “É uma coisa que acaba denunciando, na sua cara, que você tem o HIV”, diz a comerciante Lívia Lacerda, 50 anos, portadora do vírus há 12.
Estudos mostram que a lipodistrofia atinge de 40% a 50% dos soropositivos, homens e mulheres. Elas, no entanto, são as que mais sofrem com os efeitos da doença. “Meu bumbum ficou parecendo maracujá e minhas pernas estavam mais finas do que meus braços”, conta a vendedora Gisele Dantas, 40 anos, que convive com o HIV desde 1998.
A lipodistrofia é um efeito colateral dos medicamentos antirretrovirais, que inibem a ação do vírus no organismo. “A longo prazo, os remédios interferem no metabolismo da gordura. É como se fosse uma toxicidade do medicamento”, explica o infectologista Heverton Zambrini, do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids de São Paulo.
Estética e saúde:
Embora a lipodistrofia também seja uma característica do próprio HIV, ela fica muito mais acentuada nos pacientes que utilizam antirretrovirais há muito tempo. Não há um prazo para que ela apareça, mas, geralmente, isso ocorre depois de 10 anos de administração dos remédios. “Antigamente, a pessoa recebia o diagnóstico do HIV e logo começava a tomar a medicação mais forte. Hoje, isso não funciona assim. O portador faz uma série de testes para verificar qual a sua carga viral e qual a quantidade de leucócitos para definir o melhor tratamento”, esclarece a ativista Simoni Bitencourt, 34 anos, portadora do vírus há 19.
Simoni sente na pele o tamanho do problema: ela começou a desenvolver a giba (gordura acumulada na base do pescoço) e ainda não sabe se pode ou quando vai resolver a situação. “Eu já tenho problemas de coluna. Se não fizer uma cirurgia para retirar a giba, ela vai pesar nas minhas costas e posso ter ainda mais dores”, diz ela. “Não é pela estética, é uma questão de saúde”, reforça.
A jornalista Kátia Damascena, 41 anos, soropositiva há 12, acredita que a lipodistrofia também atrapalha os relacionamentos pessoais dos portadores do vírus. “Eu ainda não desenvolvi a doença, mas, certamente, é um fator que contribui para que as pessoas não se aproximem. E isso afeta também os diretos reprodutivos”, diz.
O Ministério da Saúde autorizou, em 2004, a realização de cirurgias reparadoras da lipodistrofia (veja quadro) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, nova portaria foi expedida para facilitar o credenciamento dos hospitais que fazem o procedimento.
Dados do fim de 2008 mostram que havia nove hospitais credenciados para fazer as cirurgias e outros sete aguardando aprovação da pasta. O próprio ministério reconhece que o alcance do serviço ainda é pequeno. “Mesmo com a nova portaria, os estados têm dificuldade para credenciar hospitais. Muitas vezes, é porque o atendimento de cirurgia plástica reparadora está concentrado nas capitais. Outras vezes, a demanda é maior do que a capacidade”, diz Kátia Abreu, assessora técnica do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério.
Falta pessoal:
Isso acontece porque as equipes responsáveis pelas cirurgias reparadoras também atendem queimados, pessoas que passaram por cirurgia bariátrica, entre outros casos. “Não há um serviço exclusivo para os portadores do HIV. Além disso, os hospitais têm que se equipar para poder ampliar o atendimento”, explica Kátia.
Outro problema, diz a representante do ministério, é a falta de pessoal especializado em todas as regiões brasileiras. Tanto é que o Movimento Nacional Cidadãs Positivas, que reúne mulheres portadoras do HIV de todo o país, vai entregar uma carta aos conselhos de classe dos profissionais da saúde — médicos, enfermeiros, anestesistas, etc. A ideia é sensibilizá-los quanto à necessidade de manter mais pessoas trabalhando com as cirurgias reparadoras em todos os locais.
Prevenção em debate:
O Movimento Cidadãs Positivas deve entregar a carta aos conselhos profissionais até hoje, quando termina o 8º Congresso Nacional de Prevenção das DST e Aids e o 1º Congresso Brasileiro de Prevenção das Hepatites Virais. O evento ocorre no Centro de Convenções Ullysses Guimarães, com participação do governo, especialistas e militantes.
Efeitos colaterais reforçados :
Disney vive o drama de acompanhar as mudanças no corpo e sofre com a questão estética.

O professor Jorge Pinto, chefe da Divisão de Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que a lipodistrofia acaba, muitas vezes, atrapalhando a adesão ao tratamento. Por ser uma doença crônica, o HIV exige que a pessoa tome remédios durante muito tempo e, com o aumento da sobrevida dos soropositivos, os efeitos colaterais ficaram ainda mais fortes.
“Uma pessoa que se olha no espelho e começa a ver que o corpo está mudando logo pensa em suspender a medicação”, aponta o professor. “As mulheres sofrem bastante, mas isso é ainda mais importante entre os adolescentes portadores do vírus, que vivem uma fase de aceitação na sociedade”, completa o especialista.
As mulheres soropositivas reclamam que não há estudos para reduzir os efeitos colaterais dos antirretrovirais. “Essa epidemia existe há 30 anos e ninguém se preocupou com isso até agora”, afirma a comerciante Lívia Lacerda. Ela lembra que não há medicamentos voltados para o corpo e para o metabolismo feminino. “Os remédios foram testados em pessoas com 80kg, 90kg. Imagine o efeito disso no meu organismo, que tem menos de 50kg de massa”, aponta Lívia.
Jorge Pinto explica que ainda não há nenhum medicamento do coquetel anti-HIV específico para as mulheres. No entanto, diz o professor da UFMG, há avanços na conjugação de diferentes drogas que podem reduzir os efeitos dos antirretrovirais. “Mesmo assim, é preciso ampliar a rede de hospitais credenciados para fazer as cirurgias reparadoras. Houve um progresso, mas a rede pode e deve melhorar para incluirmos mais essas pessoas”, opina.
Tratamento de sucesso:
Um estudo de 2008 do Ministério da Saúde mostra que a sobrevida dos pacientes de Aids das regiões Sul e Sudeste dobrou entre 1995 e 2007. No período, o tempo médio de sobrevida saltou de 58 meses para mais de 108 meses. A pesquisa analisou cerca de 2 mil adultos que tiveram o diagnóstico da doença entre 1998 e 1999.
Saúde em questão:
Pacientes soropositivos afetados pela lipodistrofia podem recorrer às cirurgias reparadoras pelo Sistema Único de Saúde.
Saiba quais são os procedimentos incluídos na Portaria nº 2.582, de 2004, do Ministério da Saúde:

· Lipoaspiração de giba — a gordura que fica na base do pescoço, dando a impressão de que a pessoa é corcunda
· Lipoaspiração da parede abdominal
· Redução mamária — retirada das glândulas e do tecido gorduroso acumulado na região
· Aumento das mamas
· Lipoenxertia — retirar a gordura de um local do corpo e transplantá-la para pontos onde falta o tecido adiposo, como na região do quadril
· Reconstrução glútea — aspiração da gordura ou implante de próteses de silicone
· Preenchimento da maçãs do rosto com tecido gorduroso
· Preenchimento das maçãs com polimetilmetacrilato (PMMA)

terça-feira, 1 de junho de 2010

MTE PUBLICA PORTARIA CONTRA EXIGÊNCIA DE TESTE DE HIV NA ADMISSÃO


31/05 - 13:39
MTE publica portaria contra exigência de teste de HIV na admissão
Embora lei de 1995 já proibisse o teste, ele vinha sendo feito
iG São Paulo

São Paulo – A partir de hoje (31) as empresas estão proibidas de exigir teste de HIV para contratação de funcionários. A proibição decorre de portaria publicada hoje no Diário Oficial da União, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.

No texto da portaria 1.246, de 28 de maio de 2010, a proibição se aplica a todas as circunstâncias como admissão, mudança de função, avaliação periódica, retorno ou demissão.

Campanhas - As empresas poderão fazer campanhas ou programas de prevenção da saúde que estimulem os trabalhadores a conhecer seu estado sorológico quanto ao HIV, por meio de orientações e exames comprovadamente voluntários, sem vínculo com a relação de trabalho e sempre resguardada a privacidade quanto ao conhecimento dos resultados.

A prática de pedir o exame é considerada discriminatória.

O texto toma como base a Lei 9.029, de 13 de abril de 1995, que proíbe a adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para o acesso ou manutenção do emprego.

domingo, 16 de maio de 2010

VIGILIA DA AIDS EM CURITIBA-PR


Hoje no dia Mundial da Vigilia da AIDS, Curitiba não ficou de fora.
Nos reunimos as nove horas da manhã em frente ao COA (Centro de Orientação e Atendimento) e fizemos entrega de preservativos masculino e feminino além de folderes. Muita gente nem sabia que esse dia existia.
Fizemos entrega na feira do Largo da Ordem onde acontece todos os domingos, com a frequência em massa da população que frequenta a feira que é muito famosa.
Os preservativos foram muito bem aceitos pela população. Curitiba agora está tendo mais demanda e aceitação nesse sentido.
A entrega aconteceu a partir da nove horas da manhã até ao meio dia, com a participação da maioria das ONGs de Curitiba. Inclusive cidadãs posithivas também esteve presente.



--
Silmara Ribas
Fones: (041) 3267-6947
Celular: (041) 9971-6745
Fax: (041) 3365-3775
Curitiba - Pr


"VIVER COM AIDS É POSSÍVEL
.COM O PRECONCEITO NÃO."

quarta-feira, 12 de maio de 2010

VIGILIA PELAS VÍTIMAS DA AIDS E MOBILIZAÇÃO PELOS RETRO VIRAIS NA PARAIBA

VIGÍLIA PELAS VÍTIMAS DA AIDS E MOBILIZAÇÃO “TOLERÂNCIA ZERO PELO DESABASTECIMENTO DOS ANTI-RETROVIRAIS NO PAÍS”
O Fórum de Ong`s Aids da Paraíba, entidade composta por 21 instituições que desenvolvem ações de prevenção as DST/HIV/Aids e assistência às pessoas vivendo com HIV ,vem convidar a todos/as a participarem deste ato público pelas vítimas da Aids, tanto pelos/as companheiros/ as que já se foram, como os/as que hoje estão tendo que conviver com a difícil realidade da falta de medicamentos anti-retrovirais no País.
PROGRAMAÇÃO
DATA: 14 DE MAIO DE 2010 (SEXTA-FEIRA)
HORA: 8:00 H DA MANHÃ
ROUPA: CAMISA BRANCA
PERCURSO: Concentração na Lagoa (em frente a loja C&A), seguindo para a sede do Ministério da Saúde na R. Desembargador Souto maior (em frente ao SESC ) retornando para o Parque Sólon de Lucena (anel externo) seguindo para R. Miguel Couto, entrando na R. Treze de Maio , segue até a Travessa Artur Aquiles em sentido ao Ponto de Cem Réis, onde finaliza a atividade.
ATIVIDADES: Em frente a Sede do Ministério da Saúde faremos uma mística em memória das vítimas da Aids.
“Tolerância Zero pelo Desabastecimento dos Anti-retrovirais no País” , como forma de protesto e reforçando nossa indignação a este fato que vem ocorrendo no país e que também já nos atingiu , provocando a falta de dois medicamentos: Lamivudina e Abacavir. Estaremos com coletes contendo frases de protestos e apitos,promovendo um apitaço durante todo o percurso.
Chegando no Ponto de Cem Réis, teremos 2 apresentações teatrais que envolvem a temática da Aids:
Grupo PROSAÇÃO da Associação das Prostitutas da Paraíba e o Grupo de Mulheres Agora é que são Elas.
VIGÍLIA INTERNACIONAL PELAS VÍTIMAS DA AIDS
No inicio dos anos oitenta o mundo foi surpreendido por uma doença nova e ameaçadora. Era fatal em quase 100% dos casos e a morte era dolorosamente cruel. E parecia ter endereço certo, ela se manifestava em homossexuais e isso gerou pânico em algumas comunidades e despertou o lado obscuro da humanidade, o do desrespeito e do preconceito.
O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos já havia identificado e notificado o novo mal, que assumia características epidêmicas. No entanto o governo de Ronald Reagan insistia em negar sua existência, apesar das evidências.
Foi quando em 1983 um grupo de pessoas, lideradas por mães e companheiros de vítimas da AIDS, reuniu-se à luz de velas para dar visibilidade ao crescente número de mortes e se contrapor à intransigência do Governo Reagan, que não se manifestava publicamente sobre a Epidemia.
A data foi propositadamente escolhida no terceiro domingo de maio, por ser o domingo seguinte ao Dia das Mães. Era uma manifestação onde ninguém era acusado pelas mortes e não havia muito que reivindicar, apenas que fosse reconhecido que a sociedade teria que conviver com uma situação até então totalmente desconhecida até pelos cientistas. E conseguiram. Diversas instituições, como o Sindicato dos Jornalistas de Nova Iorque, chegaram a apoiar materialmente a reivindicação e Reagan foi obrigado a ceder e reconhecer o estado de epidemia, determinando que providências fossem tomadas para seu controle.
TOLERÂNCIA ZERO PELO DESBASTECIMENTO DOS ANTI-RETROVIRAIS NO PAÍS
Um problema que teve início no Sudeste do País ,hoje já atinge todas as Regiões e em João Pessoa as pessoas vivendo com HIV estão tendo que conviver com a realidade do desabastecimento de 2 medicamentos: Lamivudina e Abacavir, o que nos fez aderir a Mobilização Tolerância Zero, já realizada em pelo menos 8 estados brasileiros.
Apesar das explicações dadas pelo Ministério da Saúde , não iremos cruzar os braços e esperar que as pessoas que estão sofrendo pela falta destes medicamentos , tenham que conviver com mais esse mal, que é o descaso com a sua saúde!!!
Queremos saber: o que realmente está sendo feito para que o problema não se repita? Pois não podemos mais conviver com a incerteza!!!
VISTA SUA CAMISA BRANCA E VENHA EXERCER SUA SOLIDARIEDADE! !!

terça-feira, 11 de maio de 2010

I SEMINÁRIO DE MULHERES POSITHIVAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

I SEMINÁRIO DE MULHERES POSITHIVAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO:
AUTO-ESTIMA, SEXUALIDADE E AFETIVIDADE

De 4 a 6 de junho de 2010, no Rio de Janeiro
A comissão organizadora do I Seminário de Mulheres Posithivas do Estado do Rio de Janeiro: Auto-Estima, Sexualidade e Afetividade tem a honra de anunciar a abertura
das inscrições para participaçà£o no evento, que ocorrerá no Rio de Janeiro no mês de junho de 2010.
As inscrições deverão ser feitas até o dia 21 de maio de 2010, exclusivamente através
de preenchimento da
ficha abaixo, que deverá ser remetida para o e-mail: *
mulherescidadas@pelavidda.org.br*
ou via fax (21) 2518 1997.
O Seminário é destinando essencialmente às mulheres vivendo e convivendo com HIV/Aids, agentes comunitários, lideranças comunitárias, enfermeiras, psicólogas, assistentes sociais, médicas, pesquisadoras, professoras, estudantes etc. A comissão organizadora fará uma seleção a fim de disponibilizar bolsas para as participantes e as selecionadas terão direito a hospedagem e alimentaà§ão. A relação completa com os nomes das participantes com direito a bolsa será divulgada no dia 28 de maio de 2010 no site WWW.pelavidda.org.br e listas de discussão na internet.

O I Seminário de Mulheres Posithivas do Estado do Rio de Janeiro: Auto-Estima, Sexualidade e Afetividade ocorrerá de 4 a 6 de junho no Hotel Scorial – Rua Bento Lisboa, 155 – Largo do Machado, Rio de Janeiro e tem os apoios do Governo do Rio de Janeiro, através da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos / SEAS-DH, Secretarias Municipal e Estadual de DST|AIDS|RJ ,Programa de DST|AIDS de São João de Meriti, CEDAPS, Grupo Pela Vidda/RJ e RNP+RJ.

Solidariamente,
Maria Aparecida Lemos (Cida)
Maria Teresinha V. Duarte (Tetê)
Jucimara de A. Moreira (Mara)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Ouvidoria contra Violência e Discriminação"

Denúncias de violência e discriminação contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais podem ser encaminhadas para a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para os e-mails ouvidoria@sedh.gov.br.
Se necessário os e-mails podem ser enviados com cópia para lgbt@sedh.gov.br. Denuncias para Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. A Ouvidoria-Geral da Cidadania é um órgão de assistência direta e imediata da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que tem por competência legal exercer as funções de Ouvidoria Geral:
Da cidadania; da criança; do adolescente; da pessoa com deficiência; do idoso; de LGBT e de outros grupos sociais mais vulneráveis.
Órgão de ligação entre a cidadania e o Poder Público, a Ouvidoria se empenha para que cidadãos e agentes públicos compreendam que o respeito e a garantia aos direitos das pessoas é a razão primeira da existência do Estado.
A Ouvidoria deve estar sempre atenta às críticas, denúncias, reclamações e sugestões dos cidadãos e dar conseqüência a elas. Funcionar como um instrumento ágil, direto, de conhecimento da realidade de vida das pessoas, como os direitos humanos estão sendo ameaçados, violados ou negligenciados e, sobretudo, do que deve ser feito para garanti-los, preventivamente.
Outra dimensão do atendimento prestado pela Ouvidoria passa pela necessidade das pessoas de obter informações, cidadãos mais conscientes buscam sempre mais informações sobre seus direitos e sobre os órgãos públicos encarregados de garanti-los e defendê-los.
Qualquer pessoa pode contactar a Ouvidoria.
Veja como entrar em contato:
Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Sala 214 Edifício Sede do Ministério da Justiça de Brasília, Distrito Federal CEP 70064-900 Telefones: (61) 2025-3116/9825/3908
Fax (61) 3321.1565 E-mail: ouvidoria@sedh.gov.br

sábado, 8 de maio de 2010

SOBRE O SR ALEXANDRE "GRACINHA"

SOCIALIZANDO

Nesta sexta-feira, 7 de maio, o jornalista Alexandre Garcia deu declarações equivocadas e preconceituosas sobre diretos sexuais e reprodutivos que envolvem as pessoas que vivem com HIV/aids no Brasil. Na defesa desses direitos, o Ministério da Saúde enviou nota de esclarecimento ao comentarista e à rádio CBN Brasília, veículo de comunicação que divulgou as informações. Segue, abaixo, a íntegra do documento.


MINISTÉRIO DA SAÚDE

Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

08/05/2010

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Em relação à edição desta sexta-feira (7 de maio) do Boletim "Mais Brasília", com Alexandre Garcia (07/05), o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde contesta e esclarece as seguintes informações:


1. A infecção pelo HIV não restringe os direitos sexuais nem os direitos reprodutivos dos cidadãos. Como o próprio Alexandre Garcia afirmou na sua coluna, "a saúde é direito de todos e dever do Estado". Não permitir que pessoas que tem HIV/aids tenham filhos é tirar delas o direito à cidadania. Negar isso é violar os direitos humanos fundamentais.


2. É a segunda vez que o jornalista discrimina as pessoas que vivem com HIV/aids em suas declarações. Uma lástima e um retrocesso para o jornalismo brasileiro. A primeira vez pressupõe desinformação, a segunda é uma clara demonstração de preconceito. Com o avanço da terapia antirretroviral no Brasil, há comprovado aumento da sobrevida e melhora significativa na qualidade de vida dos soropositivos. O diagnóstico não é mais uma sentença de morte. Pelo contrário, essas pessoas hoje fazem planos, querem casar e constituir família.


3. A afirmação de que o Ministério da Saúde está estimulando pessoas com HIV a engravidarem é equivocada. A decisão de constituir família é pessoal. No caso das pessoas que vivem com HIV, o Ministério da Saúde deve fornecer informações que possibilitem ao profissional de saúde orientar cada pessoa que deseje ter filhos com as informações mais precisas – sempre embasadas na melhor evidência científica disponível. Países como a Itália e a Inglaterra publicaram, recentemente, recomendações semelhantes. Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) precisam saber sobre os métodos e riscos envolvidos nessa decisão, pois eles possuem esse direito – se assim desejarem – e já o fazem. Não cabe ao governo interferir no desejo da mulher de ter ou não filhos, mas sim permitir que essas mulheres que querem ser mães tenham seus filhos nas condições mais seguras para elas, para seus parceiros e para seus futuros bebês. Isso não é uma novidade. Em 2008, por exemplo, 3 mil mulheres sabidamente soropositivas engravidaram, comprovando essa realidade. O que se percebe na fala do jornalista é um preconceito descabido e uma desinformação que não condiz com o veículo sério do qual ele é porta-voz.


4. Desde meados da década de 1990, seguindo padrões internacionalmente estabelecidos, o Ministério da Saúde dispõe de um conjunto de diretrizes para prevenção da transmissão vertical do HIV. Essas medidas buscam a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos de brasileiros e brasileiras. Estudos nacionais e internacionais comprovam que, quando todas as medidas preventivas são tomadas – uso de medicação antirretroviral durante pré-natal e parto, inibição da lactação e tratamento do bebê por seis semanas – a chance de transmissão do HIV da mãe para o bebê é reduzida para menos de 1%. Ao afirmar que a iniciativa “é uma maluquice”, o jornalista demonstra desconhecer os avanços científicos que reduzem a possibilidade de transmissão do HIV para o filho. O comentarista também deveria saber que o simples fato de “respingar sangue” de uma mulher infectada pelo HIV, durante o parto, não é suficiente para que ocorra transmissão do vírus. O controle da infecção em ambientes hospitalares pressupõe rotinas com precauções universais, não só em relação ao HIV, mas também no que se refere a outras doenças. Além disso, vários artigos científicos sobre o assunto foram publicados recentemente, mostrando a correlação entre transmissibilidade do HIV quando a carga viral é indetectável no sangue, no esperma e nos fluidos vaginais. Tais estudos tornam mais claros os riscos, dependendo da situação clínica de cada indivíduo.

5. Reduzir o número de crianças infectadas pela transmissão vertical, como vem acontecendo no Brasil, tem sido um avanço. O Ministério da Saúde conta com o apoio da emissora para dar à população a informação correta, sem preconceitos, de forma inclusiva, permitindo que essas pessoas exerçam a sua cidadania. Uma declaração discriminatória, como feita pela jornalista Alexandre Garcia, traz um enorme prejuízo para as pessoas que vivem com HIV/aids.

Atenciosamente,


Mariângela Simão

Diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde

I ENCONTRO MULTIPROFISSIONAL DA REDE ESTADUAL DE ATENÇÃO AS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS

O I ENCONTRO MULTIPROFISSIONAL DA REDE ESTADUAL DE ATENÇÃO ÀS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS é evento de caráter técnico, desenvolvido pela Secretaria de Saúde do Estado do Piauí – SESAPI, a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (Núcleo Piauí) e o Movimento Nacional de Cidadãs Posithivas – MNCP+ em parceria com órgãos administrativos setoriais, instituições de ensino superior e movimentos sociais, para promover a articulação entre os atores sociais que compõem o quadrilátero (atenção, formação, gestão e controle social) em torno da discussão de estratégias associadas à organização da rede estadual de atenção às pessoas vivendo com HIV/AIDS.

OBJETIVOS

  1. Sensibilizar atores sociais para organização da Rede Estadual de Atenção das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS.

  1. Reunir atores sociais que compõem o quadrilátero (atenção, formação, gestão e controle social) para discutir estratégias associadas a organização da rede estadual de atenção às pessoas vivendo com HIV/AIDS.

PROGRAMAÇÃO

DIA: 26 DE MAIO DE 2010

19:00h- Abertura: Execução do hino do Estado do Piauí e Evento Cultural: Música e Dança

Composição da Mesa:

19:30h - Conferência: Cidadania e Qualidade de Vida das Pessoas Vivendo com HIV/AIDS.

Palestrante: Ana Paula Prado da Silveira- MS/Departamento de DST/AIDS

· Secretaria de Estado da Saúde (DUVAS e Coordenação de DT);

· Ministério Público Estadual;

· Previdência Social;

· Secretaria de Educação e Cultura;

· Secretaria da Assistência Social e Cidadania;

· Coordenadoria de Direitos Humanos;

· Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS;

· Movimento Nacional de Cidadãs Positivas;

· Conselho Estadual de Saúde;

· Departamento Nacional de DST/AIDS e Hepatites Virais

· Diretoria Regional do Trabalho – DRT.

21:00h - Coquetel

DIA: 27 DE MAIO DE 2010

07:00h – Café da manhã

08:00h-Roda Viva: Trabalho em Rede das Políticas Públicas na Atenção as Pessoas Vivendo com HIV/AIDS

Composição da Mesa:

· Secretaria de Estado da Saúde (DUVAS e Coordenação de DT);

· Ministério Público Estadual;

· Previdência Social;

· Secretaria de Educação e Cultura;

· Secretaria da Assistência Social e Cidadania;

· Coordenadoria de Direitos Humanos;

· Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS;

· Movimento Nacional de Cidadãs Positivas;

· Conselho Estadual de Saúde;

· Departamento Nacional de DST/AIDS e Hepatites Virais

· Diretoria Regional do Trabalho – DRT.

12:00 h - Almoço

13:30 h- Dinâmica de despertar

14:00 h – Oficinas Olhares e estratégias dos setores envolvidos na rede estadual de atenção às pessoas vivendo com HIV/AIDS

1. Oficina: Saúde

2. Oficina: Justiça e Direitos Humanos

3. Oficina: Previdência Social

4. Oficina: Educação e Cultura

5. Oficina: Assistência Social

6. Oficina: Trabalho

DIA: 28 DE MAIO 2010

07:00h – Café da manhã

08:00h - Dinâmica de Integração

- Apresentação dos trabalhos das 06 (seis) oficinas

- Debate em Plenária

11:30h Encerramento: Técnica - Árvore dos bons frutos

12:00h Almoço

Creio que podemos transformar a tragédia da AIDS, da enfermidade e da doença num desafio, numa oportunidade, numa possibilidade de recuperar na nossa sociedade, em nós mesmos, em cada um de nós e em todos nós, o sentido da vida e da dignidade. E, com esse sentido da vida e da dignidade, seremos capazes de lutar pela construção de uma sociedade democrática, de uma sociedade justa e fraterna.” (BETINHO)

REALIZAÇÃO:

MNCP PI

I ENCONTRO MULTIPROFISSIONAL DA REDE ESTADUAL DE ATENÇÃO AS PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS

DATA: 26, 27 E 28 de maio de 2010

LOCAL: Atlantic City Club


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Novos esmaltes para o inverno prometem fazer a cabeça das mulheres

Sex, 07 Mai, 11h41

Por Roberta Silva e Tatiana Sisti, da Redação Yahoo! Brasil


Seja no trabalho, no shopping, no bar ou no salão de beleza, basta falar de esmaltes numa roda de mulheres para causar burburinho. Perguntas como "qual cor é essa?", "de qual marca é?", "quantas demãos você passou?" são corriqueiras.

Se algumas cores já foram proibidas para as mulheres ou serviam para demonstrar status social na China e no Egito antigo, hoje elas são usadas sem preconceito e se transformaram em verdadeiros itens de moda.

O estilista Reinaldo Lourenço afirma que o esmalte pode levantar ou acabar de uma vez com o visual de alguém. "Acho essencial a mulher estar sempre com as mãos e unhas bem cuidadas, com um tom de esmalte que a valorize e converse com seu estilo. O bom senso é a engrenagem do look".

Da mesma forma que as peças de estilistas renomados, as coleções de vidrinhos coloridos também mudam a cada estação. E os lançamentos fazem a cabeça de todas as mulheres.

Lourenço assina a coleção da Risqué Joias Misticas que aposta na tendência ainda forte dos esmaltes sem brilho, com os três foscos: vermelho terroso Pedra Granada, roxo aberto Topásio Púrpura e o azul Lápis Lázuli. Além disso, a coleção não dispensa o já clássico nude, com o Citrino Nude e os tons mais quentes do Diamante Roxo e do Turmalina.

Na Europa e nos Estados Unidos, o ar sóbrio e sofisticado do fosco já virou febre. "É uma forma contemporânea de se esmaltar. Por muito tempo só existiam esmaltes brilhantes, por isso fiz questão de lançar junto com a Risqué um esmalte fosco", conta o estilista.

Lourenço desenvolve os esmaltes de acordo com a cartela de cores da sua própria coleção de roupas. "Os esmaltes e as roupas estão sempre em harmonia", explica. Ele aposta nos tons roxos e nudes, mas não gosta de indicar tendências. "A única tendência que eu acredito é ter estilo", finaliza.

A Impala investiu na sofisticação e elegância que a estação fria pede e lançou a coleção Muito Luxo, com 12 cores inspiradas no surrealismo dos anos 20. Para Patricia Porta, coordenadora de merchandising da Impala, os tons mais sóbrios vão predominar na estação. "Apostamos no nude, azul marinho e o vermelho, o tom mais sofisticado e chique e que traduz luxo e glamour. A tendência retrô recupera tons mais alegres".

O Santo Luxo é um verde escuro que remete ao militarismo, tema que esteve presente em quase todos os desfiles das principais semanas de moda do mundo. A coleção também traz o Café Café, Chocolamore, o must have da temporada, Café Creme e, claro, o Nude Clássico. No entanto, a Impala não deixa para trás as cores mais vibrantes como os tons neon Saia Justa e Maria Flor, além de Boneca de Luxo, Royal, Paparazzi e L´Amore.

Engana-se quem pensa que as cores nascem de experimentos descompromissados. Para cada coleção lançada há, pelo menos, um ano de estudo. As pesquisas são feitas a partir dos principais acontecimentos do mundo da moda no exterior. "A gente sempre procura lançar os tons de acordo com as tendências de roupas e acessórios. Futuramente teremos intercolecões de esmalte com uma tendência rock", diz Patrícia.

Queridinha das it girls, a Big Universo apostou em quatro novas cores em tons fechados para a estação. A coleção traz o Oberon, o Eclipse, o Urano, que é azul metálico com glitter, e o Pandora, inspirado na nova cor da Chanel, Particulière. Além destes, a B.U. também lançou um Kit Copa do Mundo, com tons fluors.

Para quem não gosta do produto da marca que é febre na internet, Clarissa Ezaki, gerente comercial da empresa, avisa que a fórmula química dos esmaltes passou por algumas mudanças. "A gente começou a ter feedback das consumidoras há pouco tempo. Elas disseram que tinham que passar três ou quatro camadas do esmalte. Para essa coleção aprimoramos o produto para que uma ou duas camadas seja suficiente", explica.

Outra opção para quem quer seguir as tendências internacionais é a coleção Atitude, da apresentadora Ana Hickmann. A linha tem nove cores inéditas para as mulheres demonstrarem seu estado de espírito. As principais apostas dos esmaltes Ana Hickmann são os metálicos (Luxo), os tons de marrom (Abalou, Uau e Frisson), o rosa com um leve toque gliterizado (Escândalo e Poderosa), o tradicional nude (Arrasou), o vermelho (Beijo na Boca) e o roxo (Tudo ou Nada).

Ainda na onda do internacional Chanel Particulière, a Colorama apresenta o seu marrom Camurça. No entanto, a grande aposta da empresa é verde petróleo Carbono. A coleção Urban traz ainda o nude Cashmere, o verde claro Absinto e o cinza Arranha Céu. Já o vinho Cosmopolitan e o roxo claro Mauve Urban chegam para esquentar a estação mais fria do ano.

Para quem adora combinar cores e experimentar misturas, as Coberturas Transformadoras, da Colorama, também são uma boa dica. A ideia é adicionar reflexos coloridos aos esmaltes, dando várias possibilidades de combinações.

O clássico rosa também ganha várias versões na edição Penélope Charmosa, da Risqué. São oito tons diferentes que vão dos mais claros Renda Charmosa, Momento Penélope e Penélope Charmosa, passando pelos vibrantes Atitude Pink, Pink Vigarista e Armadilha Rosa até chegar aos roxos Charminho Lilás e Apuro Violeta.

Já para quem é adepta do clarinho também há novidades. Ana Hickmann lançou uma coleção clássica chamada Noivinhas. As cores foram pensadas para aquelas mulheres que sonham com o dia do casamento. Em edição limitada, Lua de Mel, Bem Casada, Chuva de Arroz e Noivinhas têm tons puxados para o branco, salmão e rosa claro.

Dica de especialista
"Cores são como assinaturas", diz a estilista e consultora de moda Catarina Gushiken. Ela considera a moda uma expressão em que as pessoas passam suas ideias e seu universo por meio do seu visual.

Para Catarina, os esmaltes dizem muito sobre a personalidade de quem os usa e, muitas vezes, compõe o look assinando o estilo de maneira marcante. "Para isso, os tons verdes, azuis, pinks e as cores vibrantes, que antes não eram aplicadas nas unhas, podem ser bem editadas com os acessórios e as roupas. As cores assinarão a identidade de alguém".

Ela ainda afirma que os vermelhos sensuais e os brilhantes e purpurinados podem expressar os sentimentos mais fortes das mulheres. As bases, o nude e as cores mais pastéis podem ser usadas em momentos de tranquilidade ou para enfrentar uma semana de muito trabalho.

"Acredito que todos nós temos um universo especial, e acho que quem lida bem e respeita suas referências pessoais pode ousar sem medo de errar. Esta nova tendência de esmaltes, com uma ampla cartela, está aí para nos servir de maravilhosas opções", finaliza.