terça-feira, 28 de julho de 2009

SAÚDE ABRE CONSULTA PÚBLICA SOBRE PLANO DE ENTFRENTAMENTO DA AIDS ENTRE MULHERES


Esta edição do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia da AIDS e outras DST é resultado de um diálogo aberto entre governo e sociedade civil, em diferentes instâncias. Concretiza-se, assim, a parceria que reúne esforços para a articulação intersetorial e participação da sociedade civil e que tem como elemento fundamental o enfrentamento das múltiplas vulnerabilidades que contribuem para que as mulheres brasileiras estejam mais suscetíveis à infecção pelo HIV e a outras doenças sexualmente transmissíveis.
Nos últimos anos, o principal aprendizado para o enfrentamento da epidemia foi o de que se deve considerar os componentes econômicos, socioculturais, raciais e étnicos que estruturam as desigualdade sociais. A violência doméstica e sexual contra mulheres e meninas, bem como a discriminação e o preconceito relacionados à lesbianidade, bissexualidade feminina e transexualidade são agravantes na desigualdade entre homens e mulheres.
O Plano norteia a implantação e a implementação de ações de promoção à saúde e aos direitos, da área sexual e reprodutiva, em nível federal, estadual e municipal. Para tanto, estabeleceram-se estratégias intersetoriais para ampliar o acesso aos insumos e às ações de prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das doenças sexualmente transmissíveis e da AIDS para mulheres das diferentes regiões do Brasil.
O cumprimento do Plano está associado a uma agenda destinada à ampliação do diálogo e à estruturação de ações. O êxito das ações e a consolidação do Plano dependem do compromisso de gestores e profissionais de saúde e da participação ativa da comunidade para que as diferentes necessidades das mulheres sejam contempladas nos planejamentos locais.
Esperamos que este Plano continue sendo mais um instrumento na luta pela conquista da igualdade e da cidadania plena das mulheres brasileiras.

Conheça a proposta clicando nos links abaixo, além de contribuir com sua sugestão até 21/08/2009.








Documento completo e maiores informações:

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cidadãs no Cerrado Mineiro de 27 a 31/07 – Uma atividade "brincante" e politizante

A Capacitação que o MNCP ira levar a cabo no mês de julho em Brasília, por meio da parceria com a UNFPA, UNAIDS, UNIFEM, PN E SEPM está repleta de intenções, expectativas, sonhos, encontros partilhados, parcerias e demais ingredientes necessários para fazer um delicioso encontro de mulheres brincantes e pensantes. Esta atitude que exala o compromisso de mulheres com e sem HIV trás um componente de inovação digno de ser examinado: essa capacitação está estruturada em cima de documentos base centrais para o enfrentamento da feminização da epidemia de AIDS e no pacto contra a violência. A escolha por este desenho já sinaliza o caminho que queremos e aprofunda e qualifica no desenho da capacitação, que foca sua metodologia durante os quatro dias nos documentos referidos, buscando estratégias para que as mulheres participantes desta oficina, isto é, as 27 representantes do MNCP atuem em suas comunidades nestes temas. Pensar, que o MNCP participou desde os primeiros passos na elaboração dessas políticas e agora se empenha na sua execução juntamente com o apoio dos responsáveis pela implementação delas é um grande exercício pedagógico e inovador para a pratica do controle social dentro do processo democrático. Tomemos isso como exemplo a seguir. Digo isso, pois sei que o grande nó para tirar do papel as políticas é identificar caminhos, para a efetivação dessas, e nessa capacitação estamos organizando um evento para exatamente planejar como fazer sair do papel e chegar na vida das mulheres essas políticas que com certeza são essenciais para reduzir vulnerabilidade relacionadas as DST/AIDS, violência, estigma, desigualdades entre outras. No entanto, é possível identificar que estamos na página três desse roteiro e os passos seguintes, que o MNCP, apoiadores deste evento e toda a sociedade estarão comprometidos são estruturantes para assegurar o acesso a estas políticas, como por exemplo, o monitoramento da implementação, o apoio a estas mulheres que sairão com uma lição de casa debaixo do braço sem ter estrutura local, exceto a sua coragem e vontade de realizá-la e o aprimoramento e controle social dessas políticas. Vai dar certo, eu sei! E a vida de todas nós mulheres com e sem HIV com certeza já esta melhor, pois estamos construindo e saboreando estas misturas e processos com o melhor que cada uma trás para esta festa de cidadania.

Texto: Nair Brito

terça-feira, 21 de julho de 2009

MISSÃO

Aglutinar as diferentes ações do Movimento Social de Luta Contra a AIDS do Brasil, contribuindo no seu fortalecimento e agilidade e resolutividade.

PRINCÍPIOS



  • Para a concretização de seus objetivos a ARTICULAÇÃO NACIONAL DE LUTA CONTRA A AIDS partilha e difunde os seguintes valores básicos:
    - Solidariedade, Cidadania e democracia nas relações interpessoais e interinstitucionais.
    - Respeito a Diversidade, Dignidade e Integridade de todos os seres humanos em todos os seus aspectos: nacionalidade, raça/etnia, sorologia, orientação sexual/identidade de gênero, religião, política, geracional e profissional.
    - Independência político – partidária







COMPROMISSOS DA ARTICULAÇÃO

- Respeitar a identidade de cada participante, suas trajetórias e diferenças.
- Socializar as informações de interesse comum entre os participantes.
- Trazer as demandas e ser porta-voz de sua representação.
- Construir estratégias de apoio, monitoramento, avaliação e acompanhamento das representações eleitas.
- Colocar os objetivos maiores que justificam a existência da articulação acima dos interesses individuais e particulares.
- Resguardar a autonomia da articulação e os princípios contidos neste documento em toda e qualquer parceria.

OBJETIVOS

I – Incentivar ações articuladas em nível nacional entre os participantes.

II- Analisar, incentivar e promover campanhas de prevenção, apoio e educação.

III- Orientar, acompanhar e denunciar qualquer tipo de violação das leis vigentes que prejudiquem os direitos e os deveres das associações que participam ou não da articulação.

IV- Elaborar propostas conjuntas, visando fortalecer a ação dos movimentos Sociais que atuam na luta contra a AIDS e outras patologias correlatas no Brasil, perante as autoridades públicas, civis e religiosas.

V – Influir na legislação pertinente no sentido de conquistar e assegurar novos direitos e/ou alterar dispositivos contrários ou prejudiciais à prevenção da AIDS e assistência as Pessoas Vivendo com HIV/Aids.

VI- Intervir, participar, monitorar e avaliar o processo de formulação de pesquisas e das políticas públicas de saúde para que sejam definidas políticas de prevenção e controle das DST/ AIDS, bem como de assistência as Pessoas Vivendo com HIV/Aids.

VII – Incentivar a participação das organizações nas diferentes instâncias de controle social a fim de fortalecer o papel político-social na construção das políticas públicas.

VIII – Denunciar todas as formas de omissão, transgressão e violação dos direitos humanos, civis, políticos e sociais, relacionados ao HIV/AIDS e buscar mecanismos para responsabilizar e punir os(as) infratores(as) de tais atos.

IX- Apoiar e repercutir as ações das Instituições que participam da articulação, sempre que vá ao encontro com os princípios do coletivo, respeitando suas identidades, autonomia e dinâmicas próprias de funcionamento.X- Divulgar informações e incentivar/promover ações (palestras, seminários, cursos, oficinas, assessorias e outros eventos) e experiências que visem a auto-sustentação das ONG/AIDS , na captação de recursos, elaboração, gerenciamento e avaliação de projetos e pesquisas.

NOSSA HISTÓRIA

No enfrentamento ao HIV/AIDS é inegável o papel desempenhado pelas ONG como propulsoras e catalisadoras da resposta da sociedade civil frente à epidemia, caracterizando- se sua ação pela construção de alternativas de organização que têm permitido superar os desafios colocados pela própria epidemia e seu gerenciamento no âmbito do poder público, e ainda na criatividade e ousadia na implementação de soluções práticas para a melhoria da qualidade de vida dos portadores do HIV e doentes de AIDS. Neste sentido, é possível mapear os contornos dessa resposta a partir da análise da atuação das ONG no Brasil, bem como é importante conhecer aspectos da sua dinâmica, para melhor compreender as situações exemplares de enfrentamento da epidemia do HIV pela sociedade civil, reflexão particularmente relevante, se considerarmos que a resposta brasileira à epidemia do HIV é marcada e reconhecida, nacional e internacionalmente, pelo protagonismo da sociedade civil.

Paralelamente à mobilização pelo controle do sangue e à intensificação do diálogo com o setor governamental, observou-se a expansão e aprofundamento da organização dos grupos que atuavam sobre a AIDS. Em 1985 foi criada a primeira organização não-governamental específica de combate à epidemia, o Grupo de Apoio à Prevenção de AIDS - GAPA, em São Paulo. Em 1989 o número destas organizações já havia crescido e ampliado suas atividades o suficiente para que se tornasse necessária uma articulação visando potencializar as diversas iniciativas. Foi quando ocorreu o I Encontro Nacional de ONG/AIDS. A partir de 1989, os ENONG passam se realizar periodicamente, sendo assumidos como a instância máxima de discussão e deliberação das diretrizes de ação das ONG/AIDS no país.

A ampliação do espectro temático e político das ações das ONG ocorreu paralelamente a mudanças na relação do Programa Nacional de DST/AIDS com estas organizações. Com o amadurecimento do movimento social, representantes de ONG/AIDS assumiram o papel de interlocutores legítimos, tanto em fóruns científicos como na elaboração e implementação de políticas públicas. Essa interlocução ganhou fôlego a partir do V Encontro Nacional de ONG/AIDS, em Fortaleza, quando foi votada a representação das ONG para compor a Comissão Nacional de Vacinas, inaugurando a prática de se utilizar os espaços dos Encontros para se eleger representantes das ONG para os espaços formais de interlocução com o Programa Nacional de DST/AIDS, incluindo a Comissão Nacional de AIDS.

O crescimento das ONG/AIDS no Brasil e sua articulação com o movimento internacional antiAIDS, definiram a necessidade de um salto organizativo do movimento, que já acontecia através dos Encontros Nacionais e, posteriormente, a partir da criação dos Fóruns Estaduais, dos Encontros Estaduais e Regionais.

A organização dos ativistas e dos grupos, a partir de múltiplas e diferentes estruturas – como os encontros, as redes e os fóruns, foram uma maneira bem sucedida de dar visibilidade e ressonância à luta contra a AIDS. Esta multiplicidade permitiu a troca mais intensa de informações e o estabelecimento de parcerias entre pessoas e organizações, fortalecendo assim a posição dos representantes no diálogo com o governo e com a sociedade e, ao mesmo tempo, preservando as diferentes posições políticas, especificidades de interesse e de trabalho.

A criação dos Fóruns de ONG respondeu, portanto, a necessidade de se estabelecer espaços coletivos de discussão de estratégias articuladas de ação política em relação à AIDS, visando obter maiores conquistas do que as possíveis de serem obtidas na ação isolada de uma ONG.

Em 1996 deu-se início a criação dos Fóruns Estaduais de ONG/AIDS tendo, de uma maneira geral enquanto objetivos: a troca de experiências, informações, habilidades e recursos entre as ONG/AIDS; o fortalecimento do conjunto de ONG perante os Órgãos Públicos e Sociedade Civil; a discussão, reflexão e elaboração de políticas públicas de saúde em prevenção e assistência das DST/AIDS e a articulação, integração e colaboração entre as ONG/AIDS a âmbito municipal, estadual, nacional e internacional. Hoje existem 27 Fóruns Estaduais de ONG/AIDS no Brasil.

Vale ressaltar que autonomia e independência dos Fóruns foram fundamentais para garantir a legitimidade da sua representação junto ao controle social.

Sensível a importância desse canal de interlocução, o PN/DST/AIDS, no final dos anos 90, passou a incentivar reuniões periódicas entre as Coordenações dos Fóruns, visando, entre outros objetivos, fortalecer essas instâncias no processo de construção e monitoramento da descentralização das ações de enfrentamento ao HIV/AIDS.

A partir daí, seguindo a deliberação do XII ENONG (São Paulo/SP 2003),deu-se início ao que hoje se denominou ARTICULAÇÃO NACIONAL DOS FÓRUNS, criando-se canais próprios de comunicação e dando-se início às reuniões itinerantes, paralelas a algum grande evento aglutinador, quando possível, ou organizadas pelos Fóruns. No entanto, durante a VIII Reunião da Articulação dos Fóruns, realizada de 14 a 16 de março de 2008 na cidade do Rio de Janeiro/RJ identifica-se a necessidade de agregar outros sujeitos sociais, a exemplo das Redes.

Nesse sentido, a Articulação Nacional dos Fóruns das ONG/AIDS passa a ser denominada ARTICULAÇÃO NACIONAL DE LUTA CONTRA A AIDS de forma a que amplie para além dos 27 representantes dos Fóruns Estaduais, as Redes e demais representações do Movimento Nacional de Luta Contra a AIDS em diferentes instancias de articulação e controle social de forma a Ratificação continua da constituição de 1988.

CARTA DE ATIBAIA I

Durante o II Encontro do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas – MNCP –, do Estado de São Paulo, estiveram reunidas em Atibaia, no período de 15 a 17 de Abril de 2009, Sessenta e oito mulheres de 20 municípios do Estado de São Paulo.
O objetivo do encontro foi fortalecer o MNCP para o controle social das políticas públicas relacionados as DST HIV e AIDS entre as mulheres vivendo com HIV/AIDS.
Após os três dias de debates identificaram questões centrais a serem enfrentadas para a melhoria da qualidade de vida das mulheres com HIV/AIDS do estado de São Paulo, são elas:

- Redução do preconceito e estigma, através da inclusão das mulheres com HIV/ AIDS nas políticas públicas de saúde, educação e habitação, respeitando suas necessidades e especificidades;
- Elaboração, implementação e publicização de políticas públicas de direitos sexuais e reprodutivos de mulheres com HIV/ AIDS, bem como pesquisas científicas referentes a esses temas;
- Ampliação dos investimentos em pesquisas sobre efeitos adversos relacionados aos ARV no corpo feminino, além de medicamentos e vacinas que promovam a cura;
- Sensibilização dos serviços de saúde na prevenção e assistência, considerando os Direitos Sexuais e Reprodutivos das mulheres com HIV/ AIDS, com ênfase nas trabalhadoras rurais, assentadas, acampadas e as em situação de liberdade privada, dentro das unidades prisionais e adolescentes reclusas da Fundação Casa;
- Reavaliação do modelo de prevenção que trabalha com mulheres, assim como seus conteúdos, ex. agregar informação quanto à prevenção dupla, camisinha e outros métodos de contracepção. Divulgação dos métodos de contracepção de emergência;
- Estimular campanhas de prevenção primária e secundária permanente, com enfoque para mulheres de acordo com suas especificidades;
- Realização de capacitação de mulheres com HIV/ AIDS em Direitos Humanos, com enfoque em Direitos Sexuais e Reprodutivos;
- Garantia da intersetorialidade na elaboração e na implementação de políticas públicas direcionadas às mulheres com HIV/AIDS: justiça, ação social, educação, trabalho e moradia;
- Valorização da participação de Cidadãs Posithivas nos espaços de controle social: elaboração do PAM, Conselho de Saúde local, municipal e estadual (Catanduva);
- Implantação e cumprimento da portaria de lipodistrofia e promoção de ações de prevenção da lipodistrofia (Itu, Araraquara – preenchimento facial); Disponibilização de aparelhos de fisioterapia (SAE Mitsutani - capital);
- Garantia de medicamentos, manipulados ou não, para infecções oportunistas, DST, efeitos colaterais dos HIV/ARV, hidratante e protetor solar;
- Ampliação do acesso e do quantitativo dos insumos de prevenção: gel e preservativo masculino e feminino no interior do estado, além da disponibilização nas UDM, de sacolas para medicamentos;
- Garantia de equipe mínima nos serviços de saúde – infectologista e/ou clínico geral que siga o consenso terapêutico, ginecologista, urologista, neurologista, nutricionista, odontólogo (Jales) e profissional capacitado para o tratamento de saúde mental – atuando de forma multi e interdisciplinar e/ou na organização de fluxo para os serviços especializados (Itu e Osasco);
- Contratação de infectologista no município de Santa Isabel;
- O Ambulatório de MI do Hospital Dr. Arnaldo (Mogi das Cruzes) será fechado para reforma, sem local previsto para atendimento, provocando estresse para os usuários. Também no mesmo hospital está faltando leito de MI;
- Ampliação e qualificação da prática de acolhimento/aconselhamento no SAE-HIV-AIDS (Hospital Dr. Emílio Ribas /capital, Santo André, Guarulhos e Hospital Sanatorinho de Itu);
- Melhorar acesso para diagnóstico e tratamento de hepatite (Itu, Osasco e Francisco Morato);
- Garantia de não extravio dos exames realizados, como, por exemplo, os de genotipagem no CRT/São Paulo e Hospital Dr. Emilio Ribas na capital;
- Melhorar a notificação dos casos de HIV/ AIDS nos municípios menores e no pré-natal;
- Garantia da distribuição da Fórmula Láctea em municípios que não tenham o PAM;
- Melhorar a acessibilidade para pessoas que tem deficiência nos serviços de saúde, conforme normas da ABNT;
- Valorização dos profissionais de saúde quanto a: salário, plano de carreira, remuneração para -ue continuem a prestar serviço no SUS;
- Garantia do cumprimento da LOAS e Beneficio de Prestação Continuada e assegurar que os relatórios encaminhados pelo profissional de saúde sejam considerados pelos peritos do INSS;
- Implementação efetiva da Política de Atenção Integral às mulheres com HIV/AIDS (Prevenção Posithiva);
- Combater a exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes em parceria com o Conselho Tutelar, Redes de Apoio e serviços de saúde, tendo em vista o risco à infecção pelas DST/HIV/AIDS.
- Participação efetiva na elaboração, implantação e monitoramento do Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Epidemia de HIV e AIDS e outras DST nos municípios e estado;

Acreditamos que com o compromisso de todos/as encontraremos respostas para estas reivindicações. Por isso, conclamamos os gestores: municipais e estadual de DST/HIV/AIDS, que reúnam esforços técnicos e políticos, para construirmos e concretizarmos essa agenda política, com a efetiva participação das Cidadãs Posithivas e assim favorecer uma vida digna e saudável para todas as pessoas vivendo com HIV e AIDS no Estado de São Paulo.


MNCP/SP
MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS
DO ESTADO DE SÃO PAULO
ATIBAIA, ABRIL DE 2009.






PS. O fato de ter alguns municípios aqui destacados não significa que a demanda não se estenda aos demais, porém estes exigem providências imediatas, devido a maior vulnerabilidade da mulher com HIV/AIDS.

CARTA DE ATIBAIA II

    Direcionada a População Feminina que se encontram privadas de sua liberdade nos Presídios do Estado de São Paulo

    Destinatário: Programa Estadual de DST/AIDS do Estado de Sã Paulo, Secretária de Administração Penitenciaria do Estado de São Paulo.

    Durante o II Encontro Estadual de Cidadãs Posithivas – MNCP -, do Estado de São Paulo, estiveram reunidas em Atibaia no período de 15 a 17 de Abril de 2009, Sessenta e oito mulheres de 20 municípios do Estado.

    O Encontro teve como objetivo fortalecer o MNCP para o controle social das políticas publicas relacionadas as DST HIV e AIDS entre as mulheres vivendo com HIV/AIDS inclusive as privadas de liberdade.

    Durante os três dias de debate foram identificados várias questões de relevância para a melhoria da qualidade de vida das mulheres com HIV/AIDS privadas de liberdade nos presídios femininos do Estado de São Paulo, são elas:

    - Estimular campanhas de prevenção primária e secundária e formas de tratamento das DST/HIV/AIDS;

    - Contratação e humanização de profissionais da área de
    saúde;

    - Melhorar acesso a exames específicos e tratamento das
    DST/HIV/AIDS;

    - Garantia de acesso continuo a medicação;

    - Garantia de acesso a diagnóstico e tratamento das doenças oportunistas;

    - Humanização e sensibilização dos profissionais que fazem a escolta;

    - Humanização e sensibilização dos agentes penitenciários;

    - Garantia de insumos para prática de sexo seguro.

    Acreditamos que com o compromisso de todos/as encontraremos respostas para as reivindicações acima citadas e entendemos que independente de estarem privadas de sua liberdade por determinação da lei, estas mulheres tem assegurado através da Declaração Universal de Direito Humanos e em conformidade aos princípios do SUS, legitimidade que garantam as reivindicações acima.

    MNCP/SP
    MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS
    ESTADO DE SÃO PAULO
    ATIBAIA, ABRIL DE 2009.

CARTA DO ENJVHA - Curitiba

A Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (RNAJVHA) aprovou ao final do IV Encontro Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (ENAJVHA), em plenária final, uma carta de reivindicações na qual estabelece objetivos e metas de ação. A carta deverá ser enviada nos próximos dias aos parceiros citados. Confira a seguir, o documento na íntegra."Nós, Adolescentes jovens que vivemos com HIV/AIDS de todo o Brasil, reunidos na cidade de Curitiba nos dias 9 a 12 de julho de 2009, durante o IV Encontro Nacional de Adolescente e Jovens Vivendo com HIV/AIDS com o tema “Qualidade de Vida: a responsabilidade é nossa”, reafirmamos a importância da Rede Nacional de Jovens que Vivem com HIV/AIDS, tendo na carta de princípios o norteador dos anseios de luta pela qualidade de vida e de cidadania no território nacional. Assumimos o compromisso de romper com os processos de tutelamento que regem movimentos e principalmente nós adolescentes jovens, queremos ter Autonomia para que nossas escolhas sejam respeitadas e referendadas, queremos Respeito, queremos Trabalho, queremos Saúde, queremos Seguridade Social e principalmente o reconhecimento que somos PESSOAS, sujeitos da nossa própria história.No presente, ainda nos preocupa a situação das casas de apoio no que se refere aos adolescentes e jovens. Queremos que o Estado cumpra o seu papel de proteger a vida e ser responsável de criar condições para o desenvolvimento de nossas potencialidades humanas e do exercício de nossa cidadania.
Reconhecemos que ainda se fazem necessárias a construção de políticas públicas específicas para a Juventude, e em especial para os adolescentes jovens vivendo com HIV. Precisamos aliar forças e desejos a outros movimentos sociais como a RENAJU (Rede Nacional de Grupos Movimentos e Organizações da Juventude, como a RNP+ Brasil (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS) e as Cidadãs PositHIVas (Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas), bem como a aproximação para encaminhamento de nossas demandas com organismos governamentais e organismos internacionais ligados às nossas especificidades como a Secretaria de Políticas da Juventude, as secretarias especiais de Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres, os ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego, de Desenvolvimento Social, da Saúde, e Ministérios Públicos, entre outros. Temos como prioridade a construção da rede em âmbito municipal e regional como forma de fortalecimento da Rede na esfera nacional prevendo a organização e a realização de encontros regionais em um ano, e no outro ano o Encontro Nacional para a construir nossa agenda política.Reconhecemos que nesta construção de nossa trajetória é importante o apoio recebido por meio do Departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde, das agências do Sistema ONU com ênfase na Unicef a qual dedicou um departamento inteiro para cuidar de assuntos relacionados a nós adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids, a PACTBrasil enquanto mantenedora do Programa de Formação de Jovens Líderes Vivendo com HIV/Aids; desejando e monitorando este processo como um agregador de forças na construção da rede, não queremos que este processo duplique esforços nem torne refém a agenda da rede ou promova trajetórias pessoais em detrimento do desenvolvimento coletivo.Necessitamos ainda construir nossa agenda política, desenvolver a personalidade formal e jurídica da Rede. Para tanto são necessários:
a construção de aspectos da rede, como Missão, Visão, Princípios e Estrutura que configurará seu processo administrativo e representativo (Estatuto, regimento interno).a divulgação da Rede através das mídias eletrônicas (Site, TV, Rádio).contribuir com MEC e Ministério da Saúde quanto á importância e ampliação do programa SPE (Saúde e Prevenção nas Escolas) e da participação do jovem vivendo na estruturação e execução deste programa.
Que a RNAJVHA tenha uma cadeira específica na CAMS, para que não estejamos concorrendo com os jovens do movimento estudantil, acreditamos que embora todos os jovens busquem a participação social e que suas vozes sejam ouvidas, as nossas lutas são diferentes, por isso não nos sentimos contemplados na fala destes outros jovens, percebemos que nós somos os protagonistas da vida com AIDS e que por nós só nós podemos falar e decidir, que além de prevenção as DST/Aids queremos democratização, universalidade e principalmente aplicabilidade dos nossos direitos humanos.
Por fim, queremos que o Ministério da Saúde adote como critério de juventude a população de 15 a 29 anos como é das Políticas nacionais de Juventude.
Curitiba 12 de julho de 2009.
Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS"

CONTATO DST/AIDS - BRASÍLIA

  • Programa Nacional torna-se departamento da SVS e muda de endereço. O Programa Nacional de DST e Aids agora é um departamento na estrutura da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde.
  • Durante esse período, a internet, o e-mail, os sistemas de comunicação e os telefones estarão desativados. O Departamento voltará às suas atividades normais na segunda-feira, 15 de junho. A expectativa é de que os novos números de telefone também sejam divulgados a partir dessa data, no site http://www.aids.gov.br/.
  • Telefones de emergência durante o período da mudança: (61) 8163-9837 (61) 8163-9921 (61) 8163-9885 (61) 8163-9867 (61) 9221-2546 (para atendimento à imprensa) Novo endereço do Departamento de DST e Aids - Setor de Administração Federal Sul 2, Lote 5/6, Bloco F, Edifício Premium, Asa Sul, Brasília-DF CEP 70.070-600