segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

MULHERES COM HIV SÃO TEMA DE DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO

As histórias emocionam não apenas porque revelam a rotina de quem vive há anos com o HIV, vírus causador da aids, mas também porque lembram que a contaminação poderia ter acontecido com qualquer mulher. Silvia, Cida, Heli, Michele, Ana, Maria e Rosário não tinham vida sexualmente promíscua. Pelo contrário.
Silvia e Heli nunca tiveram outros homens além dos maridos. E, por excesso de confiança nos parceiros, nunca pediram que usassem camisinha. O documentário "Posithivas", de Susanna Lira, revela rostos de vítimas de uma estatística que preocupa: 64% das brasileiras com HIV o contraíram dos maridos ou parceiros estáveis.
O documentário vai ajudar o Ministério da Saúde a sensibilizar brasileiras para que exijam o uso da camisinha de todos os parceiros, seja um namorado efêmero ou um marido de anos. Houve uma exibição na semana passada, no Museu Nacional de Brasília, e outras serão marcadas ao longo das próximas semanas, antes do lançamento oficial. O mérito do filme está na força dos depoimentos das sete mulheres e no modo como elas enfrentam o estigma de serem portadoras do HIV.
Elas repetem, uma depois da outra, porque nunca pediram que o namorado ou o marido usasse camisinha. "A gente acha que o amor imuniza", resume Heli. Dona de casa, moradora do subúrbio carioca de Piedade, Heli descobriu da pior forma possível que o amor não é tão poderoso assim. Depois de 31 anos de casada, só soube que o marido tinha aids quando ele já estava à beira da morte. Nem bem se refez do susto, descobriu que estava contaminada com o HIV. Convive com o vírus há 14 anos.
Não há médicos ou psicólogos no filme. "A voz da ciência já foi ouvida. O filme é a chance de o público ouvir experiências de verdade", define Susanna. Para fazer "Posithivas", ela passou um ano frequentando grupos de apoio a mulheres com HIV. Viajou por várias capitais, conversou com mais de 30 mulheres até definir suas "atrizes". "São mulheres que se entregam com confiança aos seus maridos e namorados. Casamento é onde nós, mulheres, nos sentimos seguras", define. Muitas aceitaram dar depoimento, mas sem mostrar o rosto. "Percebi como é grande o preconceito contra quem tem o vírus. Mas preferi só incluir mulheres que topassem mostrar o rosto. Se fizesse diferente, eu estaria ratificando o preconceito. Elas não são criminosas."
Apesar dos dramas individuais, "Posithivas" mostra mulheres que encaram o futuro com otimismo. "Eu vi um mundo que não tem arco-íris. Mas não fiz um filme para amedrontar as pessoas. São mulheres que lutam para que a vida seja melhor para todo mundo", diz Susanna.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

INSERÇÕES DE MARA MOREIRA DO RIO DE JANEIRO



Estas são as inserçoes de Mara Moreira do ano de 2009 e 1º de Dezembro.


Mara Moreira

Projeto Olhares Posithivos


http://throughposit/ iveeyes.org/ rio-de-janeiro/ mara


Campanha COMBATE À HOMOFOBIA – UNAIDS 2009

Visibilidade para os direitos humanos


“Igual a Você” – uma campanha contra o estigma e o preconceito dá voz e visibilidade aos direitos humanos das populações alvo da campanha. Produzidos pela agência [X]Brasil – Comunicação em Causas Públicas e gravados em estúdio com trilha sonora original de Felipe Radicetti, os filmes apresentam mensagens de lideranças de cada um dos grupos discriminados, levando em consideração às diversidades de idade, raça, cor e etnia.


A campanha surge como uma iniciativa contra as violações de direitos humanos e desigualdades, especialmente nas áreas da saúde, educação, emprego, segurança e convivência. Trata-se de uma oportunidade de sensibilização da sociedade brasileira para o respeito às diferenças, que caracterizam cada um dos grupos sociais inseridos na campanha, reafirmando a igualdade de direitos.


Assinatura da campanha

O preconceito se manifesta por meio de atitudes e práticas discriminatórias, tais como humilhações, agressões e acusações injustas pelo simples fato de as pessoas fazerem parte de um grupo social específico. É contra o estigma e o preconceito que as agências UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), UNIFEM Brasil e Cone Sul (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), com apoio do UNIC Rio (Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil), somam-se, mais uma vez, ao esforço da sociedade civil pela igualdade de direitos: ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) , AMNB (Associação Brasileira de Mulheres Negras Brasileiras) , ANTRA (Articulação Nacional de Travestis, Transexuais e Transgêneros) , Movimento Brasileiro de Pessoas Vivendo com HIV/Aids e Rede Brasileira de Prostitutas.


http://www.onu-brasil/. org.br ou http://www.youtube/. com/user/ UNAIDSBr


Campanha Paixão Pela Vida - Fundación Huésped – América Latina 2009 – veiculado pela Rede Globo




Entrevista em 1º de Dezembro de 2009.

TV Futura – Novembro

Sex HOT – Novembro

MTV BAND Jornal O DIA – 1º de Dezembro

Rede Boas Novas – programa Cabeça para Cima

Globo News
Projeto Olhares Posithivos

http://throughposit/ iveeyes.org/ rio-de-janeiro/ mara

DEPOIMENTO DA MARA DO RIO DE JANEIRO






O video é muito lindo. Adorei a menininha cantando.


Vale a pena acessar e assistir o depoimento da Mara do Rio de Janeiro.




sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

07 AGO - DIA ESTADUAL DA LEI MARIA DA PENHA



Lei Nº 5586, de 03 de dezembro de 2009 do Rio de Janeiro

INSTITUI O DIA ESTADUAL DE COMEMORAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA, QUE CRIA MECANISMOS PARA COIBIR A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o Dia Estadual de Comemoração da Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, celebrado,anualmente, no dia 7 de agosto.

Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 03 de dezembro de 2009.

SERGIO CABRAL

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE A CAMPANHA DO BEIJO NA BAND



06/12/09


Nota de esclarecimento


1. As reações contrárias ao beijo da campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids 2009, mesmo que isoladas, indicam que ainda há um grande caminho para se percorrer sobre o tema do preconceito e da discriminação contra as pessoas soropositivas. Informações incorretas como a de que o beijo transmite o HIV só colaboram para aumentar o estigma que cerca a doença e para negar a essas pessoas o convívio social pleno.


2. Ao contrário do que alguns veículos de comunicação noticiaram desde o lançamento da campanha, beijo na boca não transmite o vírus da aids. Líquidos corporais, tais como suor, lágrima e saliva concentram apenas anticorpos contra o HIV e partículas virais não infectantes (fragmentos de proteínas virais).


3. As formas de transmissão do HIV, cientificamente comprovadas até o momento, são por meio do contato direto com fluidos genitais masculinos e femininos (sexo vaginal, anal ou oral desprotegidos), pelo sangue (transfusão de sangue não testado e pelo compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas) e pelo aleitamento materno quando a mãe vive com o HIV.


5. Não existe nenhum caso descrito na literatura científica em todo o mundo que comprovadamente tenha demonstrado que o beijo transmitiu o HIV.


6. Nesse sentido, as campanhas e ações de prevenção da transmissão do vírus devem ser direcionadas para as reais exposições de risco. Qualquer mensagem que reforce o preconceito contra soropositivos deve ser desmistificada.


7. Foi com base nessas evidências científicas que o Ministério da Saúde optou por usar o beijo como símbolo da aceitação, do acolhimento e da proximidade, perfeitamente possíveis entre casais sorodiscordantes – quando só um dos parceiros é soropositivo.

Mariângela Simão

Diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais

Ministério da Saúde

sábado, 5 de dezembro de 2009

Especialistas contestam reportagem do Band News TV sobre campanha do Ministério do Saúde



Especialistas contestam reportagem do Band News TV sobre campanha do Ministério do Saúde


04/12/2009 - 18h20


Em referência ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, (1º de dezembro, o Ministério da Saúde lançou uma campanha contra o preconceito nas principais emissoras de TV em todo o País. Na noite desta última quinta-feira, 3, o canal Band News TV exibiu reportagem informando que o resultado do comercial do governo teria sido outro. Isso porque a peça publicitária mostra um beijo entre um rapaz portador do HIV e uma jovem soronegativo (que não tem o vírus). De acordo com especialista ouvido pela emissora, a campanha é inadequada e exagerada por não conter advertências sobre o fato de que em determinados períodos existem feridas na boca que podem facilitar a transmissão do vírus da aids. Já o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais e especialistas em aids, ouvidos pela Agência de Notícias da Aids, constestam essas informações.
De acordo com o vídeo exibido, dentistas também lembram um levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 2004, no qual 13% dos adolescentes nunca foram ao dentista, 20% da população perdeu todos os dentes e 45% dos brasileiros não fazem higiene bucal. Segundo eles, estes dados seriam suficientes para não estimular um beijo como o do comercial. O cirurgião dentista do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT), Décio Masini, afirma no entanto que a saliva possui fatores inibitórios para a transmissão do vírus HIV. “Poderia ocorrer infecção se as duas pessoas possuíssem grande sagramento na boca no momento do beijo, com uma ferida aberta, uma gengivite sangrante. A má higiene bucal é uma realidade do Brasil, mas não tem nenhuma relação com a transmissão do HIV”, contestou. “Sou a favor da campanha. Se eu fosse contra, estaria dando um passo atrás. A ideia é combater o preconceito”.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde informou que de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (em inglês Centers for Disease Control and Prevention-CDC), apesar de o HIV já ter sido encontrado na saliva de pacientes com aids, nunca houve infecção por essa forma. Para que isso ocorresse, seria necessário uma situação extrema. “O fato é tão improvável que, até hoje, os sistemas de saúde do Brasil e dos Estados Unidos não registraram nenhum caso de aids por essa forma de transmissão”, informa nota do órgão federal.
A médica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, Grace Suleiman, diz que a preocupação com o beijo como forma de transmissão do vírus da aids é excessiva. “Não é impossível de se transmitir HIV por meio do beijo, mas é improvável. Hoje em dia os jovens ficam muito, saem na noite e beijam várias pessoas. Não existe histórico de alguém que tenha se infectado dessa maneira. Se tivermos essa preocupação, acabamos nos despreocupando com as causas mais importantes que são o sexo anal, vaginal e oral. Mais de 20 anos depois da descoberta da doença, não deveríamos continuar discutindo isso”, opinou.
Fábio Serrato e Rodrigo Vasconcellos
Para assistir o vídeo da Band News TV, clique aqui.
Para baixar o vídeo da campanha do Ministério da Saúde, clique aqui



PRECONCEITO DENTRO DE COLETVO.




Ativista Cazu Barroz afirma ter sofrido discriminação em ônibus no Rio de Janeiro

03/12/2009 - 19h50



O ativista Cazu Barroz, da Federação dos Bandeirantes do Brasil, afirmou na tarde desta quinta-feira que foi vítima de preconceito dentro de um ônibus da linha 484 que liga Jacarepaguá a Copacabana, no Rio de Janeiro. De acordo com ele esta não é a primeira vez que sofre agressões verbais em transporte público. “Em 2000 tive esse problema, mas como foi um ato do motorista, foi mais fácil denunciar e entrar na justiça. Dessa vez foram passageiros”, declarou. Dois rapazes e uma mulher, todos com certa de 24 anos, teriam insinuado piadas chamando-o de “aidético”, “drogado” e “viado”. Veja a seguir a carta na íntegra enviada por ele via e-mail.
Cazu Barroz
Lamentável que após 25 anos de epidemia no Brasil ainda sofremos com este tipo de preconceito, se já não bastasse nossos gestores que não investem na assistência às PVHs (Pessoas Vivendo com HIV/aids).

Hoje, ao embarcar no ônibus 484 indo para Copacabana, fui insultado, chamado de viado, aidético e agredido com tapas na cabeça e nuca até ser colocado para fora do veículo por três passageiros que me reconheceram da campanha “Paixão pela Vida”, exibida há quatro semanas na Rede Globo e por ter aparecido em vários programas de TV no Dia Mundial de Luta contra Aids, em que sem medo ou vergonha, digo que tenho o HIV.
Durante o percurso tive que ouvir piadinha dos mesmos como, por exemplo, “se tem aids é viado ou drogado. Olha o aidético da TV.”

Sei que nada será feito, pois a quem responsabilizar por este ato de preconceito? Mesmo assim, registrei o caso na 12ª DP em Copacabana, Rio de Janeiro.
Em 2000, fui vítima de preconceito por um motorista que se recusou abrir a porta do ônibus quando apresentei o passe livre fornecido para as pessoas vivendo com aids. Neste caso, processei a empresa e fui indenizado.
A própria polícia me informou que serei apenas mais um caso na estatística, pois não se tem a quem punir, a agressão foi feita por passageiros e não pelo funcionário da empresa do ônibus.
Não vou desistir de fazer campanhas ou emprestar minha imagem para conscientizar a população sobre a prevenção e contra a discriminação. Mais do que nunca precisamos investir contra o preconceito.
Cazu Barroz
Ator
Dica de Entrevista
Federação de Bandeirantes do Brasil


Tel.: (0XX21) 2240 9220

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

BAND- ATACA CAMPANHA CONTRA PRECONCEITO DE HIV



BAND - Ataca campanha contra preconceito de HIV





O jornalismo da TV Bandeirantes, atacou a campanha do ministério da Saúde feita pro dia mundial de combate a AIDS... nesse ano a campanha destacou o preconceito, e na campanha mostra um casal que o homem é portador e a mulher não é, dizendo estimular o beijo entre portadores e não portadores. além disso mostrou "profissionais" atacando a campanha. um dizendo : Se eu fosse autoridade jamais autorizaria tal imagens..


Vamos lá... O preconceito ta aí, quando aparece alguém para acabar é que os preconceituosos resolvem dar as caras. que a BAND não gosta do Lula não é novidade. mas se mostrou tão colonial atacando uma campanha que não chocou a população e fez muita gente repensar suas atitudes. agora frisar em Rede Nacional para que pessoas não beijem portadores foi a maior prova de preconceito aberto da TV Brasileira..


O que transmite HIV é o videos PORNOGRAFICOS do BAND Privê! isso ela não fala... e quem tem certeza que aqueles atores e atrizes não tenham HIV... AHHH sim... No filme não fala isso... e nem pede para as pessoas usarem camisinha... bom exemplo BAND...TV SEM MORAL, NÃO DÁ LIÇÃO DE MORAL

ENCONTO DE CIDADÃS NO AMAZONAS


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CONVITE


CONVITE


CORDEL VIDA Núcleo Solânea

Convida a população em geral para assistir um documentário “Histórias de Todos Nós”. Onde iremos discutir sobre a problemática das DST/AIDS.

Local: Cine-Teatro Municipal de Solânea.
Horário: 15h
Data: 08/12/09 terça – feira

Você pode entrar nessa luta, colabore com 1 kg de alimento ou produtos de higiene (ex: sabonete, creme dental, escova de dente etc.) para ser doado às pessoas que vivem com HIV/AIDS acompanhadas pelo CORDEL VIDA.

Contamos com sua presença

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CARTAZ AMA VIDA

CARTAZ DO DIA PRIMEIRO DE DEZEMBRO DA ONG AMA VIDA DE VIAMÃO-RS

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CARTA DA REDE FEMINISTA


Porto Alegre, 1º de Dezembro de 2009


Prezadas autoridades públicas nacionais


Senhor Ministro da Saúde José G. Temporão


A Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, representando mulheres organizadas em todo o Brasil, vem expressar sua profunda preocupação com os resultados da última pesquisa sobre a Epidemia do HIV/Aids no Brasil. Se de um lado é importante comemorar que no mundo a epidemia apresenta um pequeno retrocesso, refletindo-se no Brasil, por outro lado o fato de as meninas se tornarem a maioria entre os segmentos mais expostos, havendo 10 destas para grupo de 8 garotos contaminados com o HIV gera um alerta a toda a sociedade.


Não é possível acatar como explicação o simples fato de que as meninas não carregam preservativos nas suas bolsas quando vão a festas; este é um fato. No entanto o que este fato esconde interessa a toda a sociedade e sobretudo às autoridades responsáveis pelas políticas públicas. Trata-se de um elemento revelador das profundas desigualdades de gênero em nossa sociedade, que se cruzam com desigualdades econômicas, sociais e raciais, cujo enfrentamento para sua redução só é possível com o estado, através de suas instituições, tendo papel decisivo, ao lado da sociedade.


Todas/os que se envolvem em estratégias para enfrentamento da epidemia sabem que a mudança de comportamento é imperativa para a redução do HIV/Aids. No entanto, essa mudança desafia padrões culturais, e por sua vez, só encontra lugar se houver mecanismos de reforço a atitudes, se houver apoio para a tomada de decisões.Os direitos sexuais e reprodutivos, como direitos humanos, só se afirmam com informação de qualidade e acessível; com acesso a políticas públicas e aos insumos, também de qualidade; com a abordagem respeitosa e não preconceituosa da sexualidade livre e prazerosa; com o estímulos que levem ao fortalecimento individual e coletivo. Isso inclui políticas educativas no sistema formal de ensino, ações destinadas a comunidades com foco em adolescentes e jovens; informação adequada à idade; estratégias criativas. E incorpora também a prevenção e a atenção a meninas que vivem em situações de vulnerabilidade à violência, em especial violência sexual, que produz não só gestações indesejadas, abortos inseguros, doenças sexualmente transmissíveis e o HIV.


Implica, por fim, na ampla difusão do método de dupla barreira para a gestação, com a oferta de métodos de acordo com a necessidade de cada jovem e ao mesmo tempo a orientação e disponibilização para o uso de preservativo masculino ou feminino em todas as relações sexuais.


Portanto, um conjunto de ações que criarão as condições para que deixem de ser o público-alvo da epidemia. Meninas expostas ao HIV são candidatas a mulheres desenvolvendo a Aids, se não houver suficientes recursos para a saúde das mulheres de todas as idades, já que entre as mulheres maduras também crescem os índices de infecção.Neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a Rede Feminista de Saúde se une aos movimentos sociais para reafirmar o direito das mulheres a uma vida saudável e de qualidade e de políticas de saúde integrais, ofertadas através do Sistema Público de Saúde.


Telia Negrão e Maria Luisa Pereira de Oliveira


Secretárias Executiva e Adjunta da Rede Nacional Feministade Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos

domingo, 29 de novembro de 2009

BLOG DA SILMARA RETTI

SILMARA RETTI

Olá amigos.


Nesta semana a Silmara Retti estará participando da novela "Viver a Vida" com o seu depoimento. Contará a sua história finalizando com o Projeto blablablá Positivo, de sua autoria, e desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde de Ubatuba. Isto é, se ela como diz, não morrer do coração antes! rsrs



Clicar no item "Seguir Blog".

Silmara Retti - (12)91503448



Projeto PSIU

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS - NÃO COMEMORAR, MAS REFLETIR!!!




DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS -NÃO COMEMORAR,MAS REFLETIR!!

"VIVER COM AIDS É POSSIVEL. COM O PRECONCEITO NÃO"






O que é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids?




Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão daAssembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas - ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde.




Porque o laço vermelho como símbolo?




O laço vermelho é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra a aids. O projeto do laço foi criado, em 1991, pela Visual Aids, grupo de profissionais de arte, de New York, que queriam homenagear amigos e colegas que haviam morrido ou estavam morrendo de aids.




O Visual Aids tem como objetivos conscientizar as pessoas para a transmissão do HIV/aids, divulgar as necessidades dos que vivem com HIV/aids e angariar fundos para promover a prestação de serviços e pesquisas.




O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à idéia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados americanos da Guerra do Golfo.




Foi usado publicamente, pela primeira vez, pelo ator Jeremy Irons, na cerimônia de entrega do prêmio Tony Awards, em 1991. Ele se tornou símbolo popular entre as celebridades nas cerimônias de entrega de outros prêmios e virou moda. Por causa de sua popularidade, alguns ativistas ficaram preocupados com a possibilidade de o laço se tornar apenas um instrumento de marketing e perdesse sua força, seu significado. Entretanto, a imagem do laço continua sendo um forte símbolo na luta contra a aids, reforçando a necessidade de ações e pesquisas sobre a epidemia.




Hoje em dia, o espírito da solidariedade está se espalhando e vem criando mais significados para o uso do laço.




Inspirado no laço vermelho, o laço rosa se tornou símbolo da luta contra o câncer de mama. O amarelo é usado na conscientização dos direitos humanos dos refugiados de guerra e nos movimentos de igualdade. O verde é utilizado por ativistas do meio ambiente preocupados com o emprego da madeira tropical para a construção de sets na indústria cinematográfica. O lilás significa a luta contra as vítimas da violência urbana; o azul promove a conscientização dos direitos das vítimas de crimes e, mais recentemente, o azul vem sendo adotado pela campanha contra a censura na internet.




Além da versão oficial, existem quatro versões sobre sua origem. Uma delas diz que os ativistas americanos passaram a usar o laço com o "V" de Vitória invertido, na esperança de que um dia, com o surgimento da cura, ele poderia voltar para a posição correta. Outra versão tem origem na Irlanda. Segundo ela, as mulheres dos marinheiros daquele país colocavam laços vermelhos na frente das casas quando os maridos morriam em combate.




Com todas essas variações, o mais importante é perceber que todas essas causas são igualmente importantes para a humanidade.




Avaliar e prever o impacto social e econômico do HIV/AIDS é mais difícil do que fazer previsões demográficas. Para começar, a epidemia da AIDS ainda não encerrou seu ciclo em nenhum país. Em segundo lugar, certos impactos do HIV/AIDS, tais como o desespero e a dor, não podem ser medidos facilmente. No entanto, é provável que a morte prematura de tantos adultos provoque escassez de mão-de-obra e sobrecarregue a assistência dos serviços sociais e também aos jovens e crianças, que serão incumbidas de cuidar de seus pais e trazer o sustento à sua família.

TRÊS MIL PARTICIPAL DE CAMINHADA CONTRA A AIDS EM MG



Três mil participam de caminhada contra a Aids em MG

Evento antecede o dia mundial de combate à doença.Pessoas de todas as idades vestiram a camisa da campanha.

Do G1, com informações do Globo Notícia


Cerca de três mil pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram de uma caminhada contra a Aids em Belo Horizonte, neste domingo (29).
O evento, que já virou tradição, antecede o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que é comemorado no dia 1º de dezembro.
Pessoas de todas as idades vestiram a camisa da campanha.

O Globo publica matéria sobre documentário com sete mulheres que vivem com aids




O Globo publica matéria sobre documentário com sete mulheres que vivem com aids

28/11/2009 - 10h45 O jornal O Globo publicou matéria sobre o lançamento do documentário Positivas nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. A produção conta a história de sete mulheres que se infectaram com o HIV por meio dos próprios maridos. Leia a matéria na íntegra a seguir. "A gente acha que o amor imuniza"Documentário dá face aos números do avanço da Aids entre mulheres acima dos 50.
Maiá Menezes
Casadas ou com parceiros estáveis, elas se achavam imunes ao vírus HIV. Seguras do relacionamento e diante da ilusão de que a transmissão estava longe de seu universo aparentemente seguro, acabaram surpreendidas pela realidade. Na faixa de 50 anos, sete mulheres contaram suas histórias no documentário "Positivas", da cineasta Susanna Lira, que será lançado segunda-feira no Rio. Seus relatos dão a face aos números apresentados anteontem pelo Ministério da Saúde: em 2007, a taxa de incidência de Aids entre mulheres acima de 50 anos dobrou em relação a 1997 - de 5,2 por 100 mil habitantes para 9,9 por 100 mil.
- A gente acha que o amor imuniza - sintetiza a professora aposentada Maria Aparecida Lemos, de 54 anos, portadora do vírus há oito anos e uma das entrevistadas no documentário.
Cida, como gosta de ser chamada, alerta para o despreparo de médicos para identificar os sintomas da doença. A demora no diagnóstico a levou à cegueira.
- Há um preconceito dos médicos.
Nos primeiros sintomas de pele, acharam que era alguma alergia. Quando meu cabelo começou a cair, disseram que era lupus. Depois veio a febre reumática. E só depois que comecei a perder a visão é que fui encaminhada para um infectologista - diz a aposentada.
A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire, diz que a situação de Cida é resultado de uma lacuna na formação dos médicos: - No caso de uma mulher com relação estável que apresenta os sintomas, muitos médicos sequer pedem o exame. Quando se trata de Aids, o diagnóstico precoce é a chave da qualidade de vida diferenciada - diz a ministra, lembrando que as mulheres acima de 50 em geral vivem relações estáveis.
Nilcéia afirma que o padrão de infecção no Brasil segue uma tendência mundial de feminilização da doença. Para ela, o principal motivo do aumento do número dos casos de Aids entre mulheres é a dificuldade de negociar o uso do preservativo com os homens: - Quem define como se dá a relação sexual é o homem - disse a ministra, que, com recursos da secretaria, apoiou o filme.
Em depoimentos ao documentário, as sete mulheres, em todas as regiões do país, relatam como foi a descoberta de que estavam infectadas - seja pelo marido usuário de droga, por um companheiro homossexual ou por um parceiro infiel.
- Foi um baque descobrir. A gente fica sempre pensando na questão da fidelidade. Mas conforme ele (o marido) ficou doente, o importante foi saber que o parceiro querido estava indo embora - relata Sílvia, cujo marido começou a apresentar os sintomas da Aids depois de 14 anos de casamento.
A cineasta Susanna Lira, que fez pesquisas por dois anos para realizar o documentário, afirma que procurou mulheres que aceitassem mostrar o rosto. Em pesquisas nas secretarias estaduais, colhidas para o documentário, a cineasta chegou a encontrar casos em que 64% das mulheres com Aids contraíram o vírus do parceiro estável.
Fonte: O Globo

sábado, 28 de novembro de 2009

PRIMEIRO DE DEZEMBRO NO DISTRITO FEDERAL



Convite



“Viver com AIDS é possível, com preconceito, não”




Temos a honra de convidá-lo (a) para a Celebração Ecumênica do Dia Mundial de Luta Contra à AIDS.


Queremos celebrar a vida, relembrar aqueles que morreram com AIDS e refletir sobre a fraternidade e igualdade entre os homens.


O evento acontecerá no dia 01/12/2009, às 19:30h na Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Brasília – EQS 405/406 Sul.



Organizadores



· CEBI – Centro de Estudos Bíblicos Planalto Central


· RNP/DF e Entorno – Rede Nacional de Pessoas que vivem com HIV/AIDS Distrito Federal e Entorno


· MNCP/DF – Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas Núcleo Distrito Federal


· Fórum de ONG/AIDS/DF

PRIMEIRO DE DEZEMBRO EM VIAMÃO-RS


No dia 1º de dezembro Viamão-RS, fará a 2º caminhada em comemoração ao dia Mundial de Luta Contra Aids.

Nesta caminhada virá autoridades como o secretario de saúde, prefeito e todos da sociedade civil do municipio. As cidadãs positivas estarão com faixas e apitos.
AMAVIDA terá sua barraca com trintas mulheres do movimento com a frase:


"ESTIGMA E DISCRIMINAÇÃO CONTRA MULHERES COM HIV E AIDS"



Dia 30 de novembro de 2009 às 21 horas, será o lançamento do filme Posithivas.


Local: espaço de cinema, sala 1
Endereço - Rua do voluntário da Patria 35, Botafoco - RIO DE JANEIRO

ATRIZES DO FILME:

Maria Medianeira - RS
Maria Aparecida - RJ
Ana Paula - Brasilia
Rosaria - salvador
Silvinha - São Paulo


Todos que puderem ir prestigiar nossas atrizes maravilhosas, serão bem vindas.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

OFICINA DE CAPACITAÇÃO DE MULHERES E JOVENS VIVENDO COM HIV NO CEARÁ


Acontecerá em Fortaleza no CEARÁ ,no Hotel Mareiro BEIRA MAR nos dias 21 e 22 de dezembro de 2009 a nossa I Oficina de Capacitação de Mulheres e Jovens Vivendo com Hiv com a participação de 35 mulheres,abordando principalmente Formação Feminista e Liderança e Direitos Sexuais e Reprodutivos seguidos de outros temas diante de nossas especifidades.Lembrando que nos articulamos,após capacitação que fizemos em Recife-PE pela Gestos-Pe em setembro de 2009 e como RNP+ ,REDE JOVEM/RNJVHA e Pessoas Vivendo devemos integrar nossos conhecimentos fortalecendo novas pessoas, em breve repassarei a programação do Evento.


ARYANE GABRIELLA

REDE JOVEM/RNJVHA

RNP+/CE


CREDILEUDA AZEVEDO

GRUPO DE ADESÃO-HSJ

RNP+/CE


MÉSSIA VIEIRA

SUP. DE PONTO FOCAL

RNP+CE,

(85) 8744 0323/ 9965 2779

I ENCONTRO ESTADUAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS DE RORAIMA



Informo que nos dias 28 e 29 de Novembro estará acontecendo o I Econtro Estadual das Cidadãs Posithivas de Roraima, com o Tema "CONSTRUINDO CIDADANIA", no auditório da Associação de LUta pela Vida - ALV . `Nosso sonho está pertinho de se realizar......

Ana Cristina Carvalho de Oliveira

Presidente da Associacão de Luta pela Vida

Representante RNP+ Região Norte

Contatos: 95 9129 5180 95 8124-2132

PRIMEIRO DE DEZEMBRO EM BELO HORIZONTE




Prezados,


Segue programação do dia 1º de Dezembro.


Convidamos a todos que quiserem e puderem comparecer.


1º DE DEZEMBRO – DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS


PROGRAMAÇÃO DO CTR DIP ORESTES DINIZ


09:00

- Abertura - Maria Cristina Dias - Gerente do CTR


09h30min às 12:00

- Oficina sexo seguro com Heliana Moura

- Recepção CTR com distribuição de preservativos .

- Corte de cabelo e tererê – Espaço Brinquedoteca.

- Exposição de trabalhos manuais do grupo solidário – Pátio do CTR.


14:00

– Corte de cabelo gratuito e tererê -Espaço da Brinquedoteca


15:30

– Lian Gong com Jacyra -Pátio CTR


16:00

– Show com Carlinhos Brasil e Lady Nicole


17:00

– Oração em homenagem às pessoas que convivem com HIV/AIDS -Pátio CTR


17:15

– Coral Renascendo Grupo Solidariedade- Recepção CTR.


18:00

– Coquetel encerramento -Recepção do CTR


ORGANIZAÇÃO:·


- Serviço Social CTR·

- Gerência CTR·

- Grupo Fratervida

- Colaborador: * Projeto Rede PositHIVa



PRIMEIRO DE DEZEMBRO EM CURITIBA




"VIVER COM AIDS É POSSÍVEL. COM O PRECONCEITO NÃO".




Esse é o tema do 1º de Dezembro de 2009, dia mundial de luta contra Aids.

Independente de instituição, sigla e etc somos PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS lutando por uma causa comum: a dignidade e a plenitude da pessoa humana.Portanto se você não tem mobilização em seu município, venha participar conosco por uma causa a Aids e nesse ano e todos contra o PRECONCEITO.´


Será dia 1º de dezembro (terça- feira) no Memorial de Curitiba no Largo da Ordem ao lado do bar do Alemão.


O evento começará às 14:00 hs.Abaixo segue a programação.


PROGRAMAÇÃO:


DATA: 01 de Dezembro de 2009

LOCAL: Memorial de Curitiba


Início: 14h00min - MESA DE ABERTURA


Lançamento da Revista “A RESPOSTA DE CURITIBA À EPIDEMIA DA AIDS – METAS DA UNGASS”


15:30 h às 17 h – NOVOS DESAFIOS NA TERCEIRA DÉCADA DA EPIDEMIA


Palestras:

1- Preconceito, estigma e discriminação – Márcio Marins

2- Prevenção Posithiva – Roni Lima

3- Promoção à Saúde – Antonio Derci Silveira

Coordenação de mesa : Mariana Thomaz


Confraternização


ESPAÇO CULTURAL:

Exposição de Cartoons do Festival Internacional de Humor DST e Aids.

Divulgação das ONG Aids de Curitiba – exposição de banners institucionais

Lançamento do Folder - “Conheça as ONG Aids de Curitiba


SILMARA RIBAS
Cidadã Posithiva-Pr



sexta-feira, 7 de agosto de 2009

CARTA DE DEMANDAS - BH

CARTA DE BELO HORIZONTE

Assunto: Solicitação e insumos: preservativo feminino, gel lubrificante e camisinha de língua

Encaminhar para: Conselhos de saúde locais, municipais e estaduais, SPM, Departamento Nacional de DST/Aids, Estaduais, Municipais, parceiros internacionais e as representantes estaduais.

Trinta e duas mulheres, representantes do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas de 25 estados brasileiros, reunidas em Belo Horizonte/MG, de 27 a 31 de julho de 2009, durante a capacitação do MNCP “Cidadãs no Cerrado Mineiro”, estiveram debatendo temas relacionados à epidemia de HIV/AIDS.
Protagonistas da história e sempre na perspectiva da garantia dos nossos direitos sexuais e direitos reprodutivos e respeitando as necessidades e especificidades de cada uma, destacamos a importância de disponibilização dos insumos de prevenção em quantidades adequadas - preservativos masculino, feminino, gel e insumos para sexo oral -, pela necessidade fisiológica, pois, nós mulheres que vivemos com HIV/AIDS em uso de anti-retrovirais, há muito sinalizamos aos diversos gestores, essas demandas devidos aos agravos como a menopausa precoce, a redução e ou falta de lubrificação vaginal, da libido e orientação sexual. Para que a utilização do preservativo feminino se dê de forma segura, identificamos a necessidade de oficinas permanentes nos Serviços de saúde com o objetivo de sensibilizar as mulheres vivendo com HIV/AIDS para o uso de preservativos femininos.

Sendo assim, conclamamos a concretização da demanda sinalizada por nós, mulheres vivendo com HIV/AIDS, para que nos serviços de saúde sejam disponibilizados os insumos acima especificados, visando também garantir a prevenção posithiva.

Acreditamos que com o compromisso de todos, teremos respostas para essa demanda e assim garantirmos uma vida segura, digna e saudável para todas nós.


MNCP -MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS
Belo Horizonte, 31 de julho de 2009.

terça-feira, 28 de julho de 2009

SAÚDE ABRE CONSULTA PÚBLICA SOBRE PLANO DE ENTFRENTAMENTO DA AIDS ENTRE MULHERES


Esta edição do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia da AIDS e outras DST é resultado de um diálogo aberto entre governo e sociedade civil, em diferentes instâncias. Concretiza-se, assim, a parceria que reúne esforços para a articulação intersetorial e participação da sociedade civil e que tem como elemento fundamental o enfrentamento das múltiplas vulnerabilidades que contribuem para que as mulheres brasileiras estejam mais suscetíveis à infecção pelo HIV e a outras doenças sexualmente transmissíveis.
Nos últimos anos, o principal aprendizado para o enfrentamento da epidemia foi o de que se deve considerar os componentes econômicos, socioculturais, raciais e étnicos que estruturam as desigualdade sociais. A violência doméstica e sexual contra mulheres e meninas, bem como a discriminação e o preconceito relacionados à lesbianidade, bissexualidade feminina e transexualidade são agravantes na desigualdade entre homens e mulheres.
O Plano norteia a implantação e a implementação de ações de promoção à saúde e aos direitos, da área sexual e reprodutiva, em nível federal, estadual e municipal. Para tanto, estabeleceram-se estratégias intersetoriais para ampliar o acesso aos insumos e às ações de prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das doenças sexualmente transmissíveis e da AIDS para mulheres das diferentes regiões do Brasil.
O cumprimento do Plano está associado a uma agenda destinada à ampliação do diálogo e à estruturação de ações. O êxito das ações e a consolidação do Plano dependem do compromisso de gestores e profissionais de saúde e da participação ativa da comunidade para que as diferentes necessidades das mulheres sejam contempladas nos planejamentos locais.
Esperamos que este Plano continue sendo mais um instrumento na luta pela conquista da igualdade e da cidadania plena das mulheres brasileiras.

Conheça a proposta clicando nos links abaixo, além de contribuir com sua sugestão até 21/08/2009.








Documento completo e maiores informações:

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Cidadãs no Cerrado Mineiro de 27 a 31/07 – Uma atividade "brincante" e politizante

A Capacitação que o MNCP ira levar a cabo no mês de julho em Brasília, por meio da parceria com a UNFPA, UNAIDS, UNIFEM, PN E SEPM está repleta de intenções, expectativas, sonhos, encontros partilhados, parcerias e demais ingredientes necessários para fazer um delicioso encontro de mulheres brincantes e pensantes. Esta atitude que exala o compromisso de mulheres com e sem HIV trás um componente de inovação digno de ser examinado: essa capacitação está estruturada em cima de documentos base centrais para o enfrentamento da feminização da epidemia de AIDS e no pacto contra a violência. A escolha por este desenho já sinaliza o caminho que queremos e aprofunda e qualifica no desenho da capacitação, que foca sua metodologia durante os quatro dias nos documentos referidos, buscando estratégias para que as mulheres participantes desta oficina, isto é, as 27 representantes do MNCP atuem em suas comunidades nestes temas. Pensar, que o MNCP participou desde os primeiros passos na elaboração dessas políticas e agora se empenha na sua execução juntamente com o apoio dos responsáveis pela implementação delas é um grande exercício pedagógico e inovador para a pratica do controle social dentro do processo democrático. Tomemos isso como exemplo a seguir. Digo isso, pois sei que o grande nó para tirar do papel as políticas é identificar caminhos, para a efetivação dessas, e nessa capacitação estamos organizando um evento para exatamente planejar como fazer sair do papel e chegar na vida das mulheres essas políticas que com certeza são essenciais para reduzir vulnerabilidade relacionadas as DST/AIDS, violência, estigma, desigualdades entre outras. No entanto, é possível identificar que estamos na página três desse roteiro e os passos seguintes, que o MNCP, apoiadores deste evento e toda a sociedade estarão comprometidos são estruturantes para assegurar o acesso a estas políticas, como por exemplo, o monitoramento da implementação, o apoio a estas mulheres que sairão com uma lição de casa debaixo do braço sem ter estrutura local, exceto a sua coragem e vontade de realizá-la e o aprimoramento e controle social dessas políticas. Vai dar certo, eu sei! E a vida de todas nós mulheres com e sem HIV com certeza já esta melhor, pois estamos construindo e saboreando estas misturas e processos com o melhor que cada uma trás para esta festa de cidadania.

Texto: Nair Brito

terça-feira, 21 de julho de 2009

MISSÃO

Aglutinar as diferentes ações do Movimento Social de Luta Contra a AIDS do Brasil, contribuindo no seu fortalecimento e agilidade e resolutividade.

PRINCÍPIOS



  • Para a concretização de seus objetivos a ARTICULAÇÃO NACIONAL DE LUTA CONTRA A AIDS partilha e difunde os seguintes valores básicos:
    - Solidariedade, Cidadania e democracia nas relações interpessoais e interinstitucionais.
    - Respeito a Diversidade, Dignidade e Integridade de todos os seres humanos em todos os seus aspectos: nacionalidade, raça/etnia, sorologia, orientação sexual/identidade de gênero, religião, política, geracional e profissional.
    - Independência político – partidária







COMPROMISSOS DA ARTICULAÇÃO

- Respeitar a identidade de cada participante, suas trajetórias e diferenças.
- Socializar as informações de interesse comum entre os participantes.
- Trazer as demandas e ser porta-voz de sua representação.
- Construir estratégias de apoio, monitoramento, avaliação e acompanhamento das representações eleitas.
- Colocar os objetivos maiores que justificam a existência da articulação acima dos interesses individuais e particulares.
- Resguardar a autonomia da articulação e os princípios contidos neste documento em toda e qualquer parceria.

OBJETIVOS

I – Incentivar ações articuladas em nível nacional entre os participantes.

II- Analisar, incentivar e promover campanhas de prevenção, apoio e educação.

III- Orientar, acompanhar e denunciar qualquer tipo de violação das leis vigentes que prejudiquem os direitos e os deveres das associações que participam ou não da articulação.

IV- Elaborar propostas conjuntas, visando fortalecer a ação dos movimentos Sociais que atuam na luta contra a AIDS e outras patologias correlatas no Brasil, perante as autoridades públicas, civis e religiosas.

V – Influir na legislação pertinente no sentido de conquistar e assegurar novos direitos e/ou alterar dispositivos contrários ou prejudiciais à prevenção da AIDS e assistência as Pessoas Vivendo com HIV/Aids.

VI- Intervir, participar, monitorar e avaliar o processo de formulação de pesquisas e das políticas públicas de saúde para que sejam definidas políticas de prevenção e controle das DST/ AIDS, bem como de assistência as Pessoas Vivendo com HIV/Aids.

VII – Incentivar a participação das organizações nas diferentes instâncias de controle social a fim de fortalecer o papel político-social na construção das políticas públicas.

VIII – Denunciar todas as formas de omissão, transgressão e violação dos direitos humanos, civis, políticos e sociais, relacionados ao HIV/AIDS e buscar mecanismos para responsabilizar e punir os(as) infratores(as) de tais atos.

IX- Apoiar e repercutir as ações das Instituições que participam da articulação, sempre que vá ao encontro com os princípios do coletivo, respeitando suas identidades, autonomia e dinâmicas próprias de funcionamento.X- Divulgar informações e incentivar/promover ações (palestras, seminários, cursos, oficinas, assessorias e outros eventos) e experiências que visem a auto-sustentação das ONG/AIDS , na captação de recursos, elaboração, gerenciamento e avaliação de projetos e pesquisas.

NOSSA HISTÓRIA

No enfrentamento ao HIV/AIDS é inegável o papel desempenhado pelas ONG como propulsoras e catalisadoras da resposta da sociedade civil frente à epidemia, caracterizando- se sua ação pela construção de alternativas de organização que têm permitido superar os desafios colocados pela própria epidemia e seu gerenciamento no âmbito do poder público, e ainda na criatividade e ousadia na implementação de soluções práticas para a melhoria da qualidade de vida dos portadores do HIV e doentes de AIDS. Neste sentido, é possível mapear os contornos dessa resposta a partir da análise da atuação das ONG no Brasil, bem como é importante conhecer aspectos da sua dinâmica, para melhor compreender as situações exemplares de enfrentamento da epidemia do HIV pela sociedade civil, reflexão particularmente relevante, se considerarmos que a resposta brasileira à epidemia do HIV é marcada e reconhecida, nacional e internacionalmente, pelo protagonismo da sociedade civil.

Paralelamente à mobilização pelo controle do sangue e à intensificação do diálogo com o setor governamental, observou-se a expansão e aprofundamento da organização dos grupos que atuavam sobre a AIDS. Em 1985 foi criada a primeira organização não-governamental específica de combate à epidemia, o Grupo de Apoio à Prevenção de AIDS - GAPA, em São Paulo. Em 1989 o número destas organizações já havia crescido e ampliado suas atividades o suficiente para que se tornasse necessária uma articulação visando potencializar as diversas iniciativas. Foi quando ocorreu o I Encontro Nacional de ONG/AIDS. A partir de 1989, os ENONG passam se realizar periodicamente, sendo assumidos como a instância máxima de discussão e deliberação das diretrizes de ação das ONG/AIDS no país.

A ampliação do espectro temático e político das ações das ONG ocorreu paralelamente a mudanças na relação do Programa Nacional de DST/AIDS com estas organizações. Com o amadurecimento do movimento social, representantes de ONG/AIDS assumiram o papel de interlocutores legítimos, tanto em fóruns científicos como na elaboração e implementação de políticas públicas. Essa interlocução ganhou fôlego a partir do V Encontro Nacional de ONG/AIDS, em Fortaleza, quando foi votada a representação das ONG para compor a Comissão Nacional de Vacinas, inaugurando a prática de se utilizar os espaços dos Encontros para se eleger representantes das ONG para os espaços formais de interlocução com o Programa Nacional de DST/AIDS, incluindo a Comissão Nacional de AIDS.

O crescimento das ONG/AIDS no Brasil e sua articulação com o movimento internacional antiAIDS, definiram a necessidade de um salto organizativo do movimento, que já acontecia através dos Encontros Nacionais e, posteriormente, a partir da criação dos Fóruns Estaduais, dos Encontros Estaduais e Regionais.

A organização dos ativistas e dos grupos, a partir de múltiplas e diferentes estruturas – como os encontros, as redes e os fóruns, foram uma maneira bem sucedida de dar visibilidade e ressonância à luta contra a AIDS. Esta multiplicidade permitiu a troca mais intensa de informações e o estabelecimento de parcerias entre pessoas e organizações, fortalecendo assim a posição dos representantes no diálogo com o governo e com a sociedade e, ao mesmo tempo, preservando as diferentes posições políticas, especificidades de interesse e de trabalho.

A criação dos Fóruns de ONG respondeu, portanto, a necessidade de se estabelecer espaços coletivos de discussão de estratégias articuladas de ação política em relação à AIDS, visando obter maiores conquistas do que as possíveis de serem obtidas na ação isolada de uma ONG.

Em 1996 deu-se início a criação dos Fóruns Estaduais de ONG/AIDS tendo, de uma maneira geral enquanto objetivos: a troca de experiências, informações, habilidades e recursos entre as ONG/AIDS; o fortalecimento do conjunto de ONG perante os Órgãos Públicos e Sociedade Civil; a discussão, reflexão e elaboração de políticas públicas de saúde em prevenção e assistência das DST/AIDS e a articulação, integração e colaboração entre as ONG/AIDS a âmbito municipal, estadual, nacional e internacional. Hoje existem 27 Fóruns Estaduais de ONG/AIDS no Brasil.

Vale ressaltar que autonomia e independência dos Fóruns foram fundamentais para garantir a legitimidade da sua representação junto ao controle social.

Sensível a importância desse canal de interlocução, o PN/DST/AIDS, no final dos anos 90, passou a incentivar reuniões periódicas entre as Coordenações dos Fóruns, visando, entre outros objetivos, fortalecer essas instâncias no processo de construção e monitoramento da descentralização das ações de enfrentamento ao HIV/AIDS.

A partir daí, seguindo a deliberação do XII ENONG (São Paulo/SP 2003),deu-se início ao que hoje se denominou ARTICULAÇÃO NACIONAL DOS FÓRUNS, criando-se canais próprios de comunicação e dando-se início às reuniões itinerantes, paralelas a algum grande evento aglutinador, quando possível, ou organizadas pelos Fóruns. No entanto, durante a VIII Reunião da Articulação dos Fóruns, realizada de 14 a 16 de março de 2008 na cidade do Rio de Janeiro/RJ identifica-se a necessidade de agregar outros sujeitos sociais, a exemplo das Redes.

Nesse sentido, a Articulação Nacional dos Fóruns das ONG/AIDS passa a ser denominada ARTICULAÇÃO NACIONAL DE LUTA CONTRA A AIDS de forma a que amplie para além dos 27 representantes dos Fóruns Estaduais, as Redes e demais representações do Movimento Nacional de Luta Contra a AIDS em diferentes instancias de articulação e controle social de forma a Ratificação continua da constituição de 1988.

CARTA DE ATIBAIA I

Durante o II Encontro do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas – MNCP –, do Estado de São Paulo, estiveram reunidas em Atibaia, no período de 15 a 17 de Abril de 2009, Sessenta e oito mulheres de 20 municípios do Estado de São Paulo.
O objetivo do encontro foi fortalecer o MNCP para o controle social das políticas públicas relacionados as DST HIV e AIDS entre as mulheres vivendo com HIV/AIDS.
Após os três dias de debates identificaram questões centrais a serem enfrentadas para a melhoria da qualidade de vida das mulheres com HIV/AIDS do estado de São Paulo, são elas:

- Redução do preconceito e estigma, através da inclusão das mulheres com HIV/ AIDS nas políticas públicas de saúde, educação e habitação, respeitando suas necessidades e especificidades;
- Elaboração, implementação e publicização de políticas públicas de direitos sexuais e reprodutivos de mulheres com HIV/ AIDS, bem como pesquisas científicas referentes a esses temas;
- Ampliação dos investimentos em pesquisas sobre efeitos adversos relacionados aos ARV no corpo feminino, além de medicamentos e vacinas que promovam a cura;
- Sensibilização dos serviços de saúde na prevenção e assistência, considerando os Direitos Sexuais e Reprodutivos das mulheres com HIV/ AIDS, com ênfase nas trabalhadoras rurais, assentadas, acampadas e as em situação de liberdade privada, dentro das unidades prisionais e adolescentes reclusas da Fundação Casa;
- Reavaliação do modelo de prevenção que trabalha com mulheres, assim como seus conteúdos, ex. agregar informação quanto à prevenção dupla, camisinha e outros métodos de contracepção. Divulgação dos métodos de contracepção de emergência;
- Estimular campanhas de prevenção primária e secundária permanente, com enfoque para mulheres de acordo com suas especificidades;
- Realização de capacitação de mulheres com HIV/ AIDS em Direitos Humanos, com enfoque em Direitos Sexuais e Reprodutivos;
- Garantia da intersetorialidade na elaboração e na implementação de políticas públicas direcionadas às mulheres com HIV/AIDS: justiça, ação social, educação, trabalho e moradia;
- Valorização da participação de Cidadãs Posithivas nos espaços de controle social: elaboração do PAM, Conselho de Saúde local, municipal e estadual (Catanduva);
- Implantação e cumprimento da portaria de lipodistrofia e promoção de ações de prevenção da lipodistrofia (Itu, Araraquara – preenchimento facial); Disponibilização de aparelhos de fisioterapia (SAE Mitsutani - capital);
- Garantia de medicamentos, manipulados ou não, para infecções oportunistas, DST, efeitos colaterais dos HIV/ARV, hidratante e protetor solar;
- Ampliação do acesso e do quantitativo dos insumos de prevenção: gel e preservativo masculino e feminino no interior do estado, além da disponibilização nas UDM, de sacolas para medicamentos;
- Garantia de equipe mínima nos serviços de saúde – infectologista e/ou clínico geral que siga o consenso terapêutico, ginecologista, urologista, neurologista, nutricionista, odontólogo (Jales) e profissional capacitado para o tratamento de saúde mental – atuando de forma multi e interdisciplinar e/ou na organização de fluxo para os serviços especializados (Itu e Osasco);
- Contratação de infectologista no município de Santa Isabel;
- O Ambulatório de MI do Hospital Dr. Arnaldo (Mogi das Cruzes) será fechado para reforma, sem local previsto para atendimento, provocando estresse para os usuários. Também no mesmo hospital está faltando leito de MI;
- Ampliação e qualificação da prática de acolhimento/aconselhamento no SAE-HIV-AIDS (Hospital Dr. Emílio Ribas /capital, Santo André, Guarulhos e Hospital Sanatorinho de Itu);
- Melhorar acesso para diagnóstico e tratamento de hepatite (Itu, Osasco e Francisco Morato);
- Garantia de não extravio dos exames realizados, como, por exemplo, os de genotipagem no CRT/São Paulo e Hospital Dr. Emilio Ribas na capital;
- Melhorar a notificação dos casos de HIV/ AIDS nos municípios menores e no pré-natal;
- Garantia da distribuição da Fórmula Láctea em municípios que não tenham o PAM;
- Melhorar a acessibilidade para pessoas que tem deficiência nos serviços de saúde, conforme normas da ABNT;
- Valorização dos profissionais de saúde quanto a: salário, plano de carreira, remuneração para -ue continuem a prestar serviço no SUS;
- Garantia do cumprimento da LOAS e Beneficio de Prestação Continuada e assegurar que os relatórios encaminhados pelo profissional de saúde sejam considerados pelos peritos do INSS;
- Implementação efetiva da Política de Atenção Integral às mulheres com HIV/AIDS (Prevenção Posithiva);
- Combater a exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes em parceria com o Conselho Tutelar, Redes de Apoio e serviços de saúde, tendo em vista o risco à infecção pelas DST/HIV/AIDS.
- Participação efetiva na elaboração, implantação e monitoramento do Plano Integrado de Enfrentamento a Feminização da Epidemia de HIV e AIDS e outras DST nos municípios e estado;

Acreditamos que com o compromisso de todos/as encontraremos respostas para estas reivindicações. Por isso, conclamamos os gestores: municipais e estadual de DST/HIV/AIDS, que reúnam esforços técnicos e políticos, para construirmos e concretizarmos essa agenda política, com a efetiva participação das Cidadãs Posithivas e assim favorecer uma vida digna e saudável para todas as pessoas vivendo com HIV e AIDS no Estado de São Paulo.


MNCP/SP
MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS
DO ESTADO DE SÃO PAULO
ATIBAIA, ABRIL DE 2009.






PS. O fato de ter alguns municípios aqui destacados não significa que a demanda não se estenda aos demais, porém estes exigem providências imediatas, devido a maior vulnerabilidade da mulher com HIV/AIDS.

CARTA DE ATIBAIA II

    Direcionada a População Feminina que se encontram privadas de sua liberdade nos Presídios do Estado de São Paulo

    Destinatário: Programa Estadual de DST/AIDS do Estado de Sã Paulo, Secretária de Administração Penitenciaria do Estado de São Paulo.

    Durante o II Encontro Estadual de Cidadãs Posithivas – MNCP -, do Estado de São Paulo, estiveram reunidas em Atibaia no período de 15 a 17 de Abril de 2009, Sessenta e oito mulheres de 20 municípios do Estado.

    O Encontro teve como objetivo fortalecer o MNCP para o controle social das políticas publicas relacionadas as DST HIV e AIDS entre as mulheres vivendo com HIV/AIDS inclusive as privadas de liberdade.

    Durante os três dias de debate foram identificados várias questões de relevância para a melhoria da qualidade de vida das mulheres com HIV/AIDS privadas de liberdade nos presídios femininos do Estado de São Paulo, são elas:

    - Estimular campanhas de prevenção primária e secundária e formas de tratamento das DST/HIV/AIDS;

    - Contratação e humanização de profissionais da área de
    saúde;

    - Melhorar acesso a exames específicos e tratamento das
    DST/HIV/AIDS;

    - Garantia de acesso continuo a medicação;

    - Garantia de acesso a diagnóstico e tratamento das doenças oportunistas;

    - Humanização e sensibilização dos profissionais que fazem a escolta;

    - Humanização e sensibilização dos agentes penitenciários;

    - Garantia de insumos para prática de sexo seguro.

    Acreditamos que com o compromisso de todos/as encontraremos respostas para as reivindicações acima citadas e entendemos que independente de estarem privadas de sua liberdade por determinação da lei, estas mulheres tem assegurado através da Declaração Universal de Direito Humanos e em conformidade aos princípios do SUS, legitimidade que garantam as reivindicações acima.

    MNCP/SP
    MOVIMENTO NACIONAL DAS CIDADÃS POSITHIVAS
    ESTADO DE SÃO PAULO
    ATIBAIA, ABRIL DE 2009.

CARTA DO ENJVHA - Curitiba

A Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (RNAJVHA) aprovou ao final do IV Encontro Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS (ENAJVHA), em plenária final, uma carta de reivindicações na qual estabelece objetivos e metas de ação. A carta deverá ser enviada nos próximos dias aos parceiros citados. Confira a seguir, o documento na íntegra."Nós, Adolescentes jovens que vivemos com HIV/AIDS de todo o Brasil, reunidos na cidade de Curitiba nos dias 9 a 12 de julho de 2009, durante o IV Encontro Nacional de Adolescente e Jovens Vivendo com HIV/AIDS com o tema “Qualidade de Vida: a responsabilidade é nossa”, reafirmamos a importância da Rede Nacional de Jovens que Vivem com HIV/AIDS, tendo na carta de princípios o norteador dos anseios de luta pela qualidade de vida e de cidadania no território nacional. Assumimos o compromisso de romper com os processos de tutelamento que regem movimentos e principalmente nós adolescentes jovens, queremos ter Autonomia para que nossas escolhas sejam respeitadas e referendadas, queremos Respeito, queremos Trabalho, queremos Saúde, queremos Seguridade Social e principalmente o reconhecimento que somos PESSOAS, sujeitos da nossa própria história.No presente, ainda nos preocupa a situação das casas de apoio no que se refere aos adolescentes e jovens. Queremos que o Estado cumpra o seu papel de proteger a vida e ser responsável de criar condições para o desenvolvimento de nossas potencialidades humanas e do exercício de nossa cidadania.
Reconhecemos que ainda se fazem necessárias a construção de políticas públicas específicas para a Juventude, e em especial para os adolescentes jovens vivendo com HIV. Precisamos aliar forças e desejos a outros movimentos sociais como a RENAJU (Rede Nacional de Grupos Movimentos e Organizações da Juventude, como a RNP+ Brasil (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS) e as Cidadãs PositHIVas (Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas), bem como a aproximação para encaminhamento de nossas demandas com organismos governamentais e organismos internacionais ligados às nossas especificidades como a Secretaria de Políticas da Juventude, as secretarias especiais de Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres, os ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego, de Desenvolvimento Social, da Saúde, e Ministérios Públicos, entre outros. Temos como prioridade a construção da rede em âmbito municipal e regional como forma de fortalecimento da Rede na esfera nacional prevendo a organização e a realização de encontros regionais em um ano, e no outro ano o Encontro Nacional para a construir nossa agenda política.Reconhecemos que nesta construção de nossa trajetória é importante o apoio recebido por meio do Departamento de DST/AIDS do Ministério da Saúde, das agências do Sistema ONU com ênfase na Unicef a qual dedicou um departamento inteiro para cuidar de assuntos relacionados a nós adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids, a PACTBrasil enquanto mantenedora do Programa de Formação de Jovens Líderes Vivendo com HIV/Aids; desejando e monitorando este processo como um agregador de forças na construção da rede, não queremos que este processo duplique esforços nem torne refém a agenda da rede ou promova trajetórias pessoais em detrimento do desenvolvimento coletivo.Necessitamos ainda construir nossa agenda política, desenvolver a personalidade formal e jurídica da Rede. Para tanto são necessários:
a construção de aspectos da rede, como Missão, Visão, Princípios e Estrutura que configurará seu processo administrativo e representativo (Estatuto, regimento interno).a divulgação da Rede através das mídias eletrônicas (Site, TV, Rádio).contribuir com MEC e Ministério da Saúde quanto á importância e ampliação do programa SPE (Saúde e Prevenção nas Escolas) e da participação do jovem vivendo na estruturação e execução deste programa.
Que a RNAJVHA tenha uma cadeira específica na CAMS, para que não estejamos concorrendo com os jovens do movimento estudantil, acreditamos que embora todos os jovens busquem a participação social e que suas vozes sejam ouvidas, as nossas lutas são diferentes, por isso não nos sentimos contemplados na fala destes outros jovens, percebemos que nós somos os protagonistas da vida com AIDS e que por nós só nós podemos falar e decidir, que além de prevenção as DST/Aids queremos democratização, universalidade e principalmente aplicabilidade dos nossos direitos humanos.
Por fim, queremos que o Ministério da Saúde adote como critério de juventude a população de 15 a 29 anos como é das Políticas nacionais de Juventude.
Curitiba 12 de julho de 2009.
Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/AIDS"

CONTATO DST/AIDS - BRASÍLIA

  • Programa Nacional torna-se departamento da SVS e muda de endereço. O Programa Nacional de DST e Aids agora é um departamento na estrutura da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde.
  • Durante esse período, a internet, o e-mail, os sistemas de comunicação e os telefones estarão desativados. O Departamento voltará às suas atividades normais na segunda-feira, 15 de junho. A expectativa é de que os novos números de telefone também sejam divulgados a partir dessa data, no site http://www.aids.gov.br/.
  • Telefones de emergência durante o período da mudança: (61) 8163-9837 (61) 8163-9921 (61) 8163-9885 (61) 8163-9867 (61) 9221-2546 (para atendimento à imprensa) Novo endereço do Departamento de DST e Aids - Setor de Administração Federal Sul 2, Lote 5/6, Bloco F, Edifício Premium, Asa Sul, Brasília-DF CEP 70.070-600

segunda-feira, 13 de abril de 2009

ENTREVISTA "BIA PACHECO"

O HIV/AIDS é uma síndrome que coloca em risco todas as pessoas na atualidade, em especial, as mulheres e pessoas da terceira idade. Com esse enfoque, o Sis.Saúde realizou uma entrevista com a sra. Maria Beatriz Dreyer Pacheco, que se autodenomina de Bia Pacheco, "Cidadã PositHIVa". Bia Pacheco recebeu a "Medalha Cidade de Porto Alegre" de 2009 e apresenta trabalhos de destaques em relação ao HIV/AIDS no âmbito nacional e internacional.
Confira a entrevista com Bia Pacheco, "Cidadã PositHIVa", que merece nossa homenagem pelo trabalho significativo realizado em prol da sociedade.Em primeiro lugar, nós do Sis.Saúde gostaríamos de parabenizá-la pela "Medalha Cidade de Porto Alegre", pelo seu trabalho na ONG RNP+ /POA, entre outras. Assim, gostaríamos que a sra. comentasse sobre o seu trabalho desenvolvido nessa ONG que mereceu essa premiação.
Agradeço muito a gentileza de vocês em relação à homenagem que recebi da Prefeitura e, ainda por me permitirem conversar sobre o que faço.
Na realidade, a premiação não foi decorrência do meu trabalho na ONG, pois estamos sem Sede desde 2004, quando meu marido adoeceu (ele faleceu de câncer, pois não tinha HIV) e eu não tive mais condições financeiras para manter as despesas da casa-sede. Acredito que a premiação tenha sido pela minha militância pela causa, de uma forma mais independente e pioneira. Fui a primeira mulher vivendo com HIV no Rio Grande do Sul que deu entrevistas na mídia, alertando que o vírus da Aids estava atacando as mulheres. Como advogada que sou e juntamente com meu falecido marido – Carlos Aleixo – que era auditor fiscal na DRT/RS, iniciamos um trabalho, também pioneiro, de mediações e retorno ao emprego para trabalhadores que vivem com HIV e perdem seus empregos, apenas por serem pessoas infectadas. Como se conviver conosco, socialmente, fosse risco. Fui ampliando minha atuação, dentro de empresas, escolas e universidades, sempre alertando que o vírus não discrimina e apontando soluções para que as pessoas não se infectassem e, caso já infectadas, que não assumissem a marginalidade que a sociedade quer nos impor.
Na sequência, passei a prestar consultoria ao Ministério da Saúde, mais especificamente o Programa Nacional de DST/HIV/Aids nas áreas de Aids no Local de Trabalho e de Mulheres Vivendo com HIV.
Em 2006, a convite do Ministério da Saúde, protagonizei a primeira campanha em TV e na Mídia em geral, com pessoas vivendo com HIV, ao invés de atores, fato que me tornou realmente uma referência como pessoa infectada pelo vírus, com absoluta visibilidade.
Com o meu envelhecimento, comecei a alertar ao Ministério da Saúde de que nós, as pessoas idosas estávamos aumentando muito em número de novas infecções, e passei a atuar como referência nacional, também, na discussão sobre sexualidade e prevenção á Aids na terceira idade e para o adulto maduro.
Estas ações diferenciadas é que me fizeram receber esta medalha, que tanto me honra. Ademais, esta homenagem tem um sentido muito maior para mim, pois ela é a prova viva do que sempre afirmei, que nós que vivemos com HIV ou Aids não temos de nos esconder, pois este vírus não pode matar nossas histórias de vida e a dignidade e honradez de uma pessoa está em seu atos e em sua conduta e nunca devem ser avaliados por um mero vírus que se alojou em nossa corrente sanguínea. Somos todos sexuados e, por consequência, vulneráveis a este maldito vírus, mas as nossas ações são muito maiores que qualquer julgamento preconceituoso e cruel que possa querer nos marginalizar. E é esta a minha luta que acredito esteja sendo vitoriosa!

Fonte: http://www.sissaude.com.br/sissaude/inicial.php?case=1&idnot=0