Ativismo sinônimo de vida!
Creio que a participação como ativista não acontece da noite para o dia. O processo é construído paulatinamente por meio de participação em vários espaços e, com vários temas. Sobre a temática da AIDS, controle social, liderança, SUS, etc., mas todos foram de suma importância para minha pequena participação como liderança no movimento de AIDS no Estado de Mato Grosso. Apesar de ser incipiente, já teve um imenso ganho com estas lideranças que estão aparecendo. E o Projeto Rede de Proteção Humana foi um desses pilares para a construção desse pequeno conhecimento sobre o ativismo que tento vislumbrar. Porque de alguma forma me indicou caminhos sobre meu papel dentro da sociedade como cidadã, independentemente, da minha condição de viver com HIV, ou não. Lutar por direitos que deveria ser oferecido seguramente sem a necessidade de monitoramento, isso seria o ideal. Mas isso não acontece. Então nós enquanto pessoas incapazes de aceitar o padrão de atendimento que nos é proposto pelo governo, pelos gestores e, pelos profissionais de saúde. Obviamente que este Projeto só veio a somar à ansiedade que é inerente a um ativista nato, que intimamente não sabia que era, mas também o de dividir algum conhecimento aos meus pares. Sobre direitos humanos, direitos de um cidadão, dos portadores do HIV, dentre outros intrínsecos ao papel do homem, ou da mulher dentro de seu país. Um fato interessante me aconteceu também após a participação naquela capacitação foi participar do “Cidadãs no Cerrado Mineiro”, de 27 a 31/07 – Uma atividade "brincante" e politizante. Que balizou meu trabalho como liderança e tive noção do que poderia fazer aqui na minha cidade. Lá me candidatei representante do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP+), ao Projeto Rede Posithiva, pela A Associação Pathfinder do Brasil que é uma organização sediada em Salvador, Bahia, não vislumbrava a abrangência de conhecimento que ele poderia me proporcionar sobre as ações do movimento social de HIV/AIDS e, outros temas. Ele oportunizou um espaço político às mulheres+ que o coordenam, àquelas inseridas nas atividades das ONGs. E ainda, algumas das instituições conseguiram acessar outras que, não posithivas e não fazem parte de nenhum movimento, que é um dos objetivos deste Projeto. Realmente é um prazer estar neste trabalho, como mulher e como ativista, que estão me oportunizando muita informação e, convívio com pessoas muito especiais, que me trouxeram um ganho imensurável na vida pessoal e profissional.
Kátia Damascena, Cidadã Posithiva/MT