A Capacitação que o MNCP ira levar a cabo no mês de julho em Brasília, por meio da parceria com a UNFPA, UNAIDS, UNIFEM, PN E SEPM está repleta de intenções, expectativas, sonhos, encontros partilhados, parcerias e demais ingredientes necessários para fazer um delicioso encontro de mulheres brincantes e pensantes. Esta atitude que exala o compromisso de mulheres com e sem HIV trás um componente de inovação digno de ser examinado: essa capacitação está estruturada em cima de documentos base centrais para o enfrentamento da feminização da epidemia de AIDS e no pacto contra a violência. A escolha por este desenho já sinaliza o caminho que queremos e aprofunda e qualifica no desenho da capacitação, que foca sua metodologia durante os quatro dias nos documentos referidos, buscando estratégias para que as mulheres participantes desta oficina, isto é, as 27 representantes do MNCP atuem em suas comunidades nestes temas. Pensar, que o MNCP participou desde os primeiros passos na elaboração dessas políticas e agora se empenha na sua execução juntamente com o apoio dos responsáveis pela implementação delas é um grande exercício pedagógico e inovador para a pratica do controle social dentro do processo democrático. Tomemos isso como exemplo a seguir. Digo isso, pois sei que o grande nó para tirar do papel as políticas é identificar caminhos, para a efetivação dessas, e nessa capacitação estamos organizando um evento para exatamente planejar como fazer sair do papel e chegar na vida das mulheres essas políticas que com certeza são essenciais para reduzir vulnerabilidade relacionadas as DST/AIDS, violência, estigma, desigualdades entre outras. No entanto, é possível identificar que estamos na página três desse roteiro e os passos seguintes, que o MNCP, apoiadores deste evento e toda a sociedade estarão comprometidos são estruturantes para assegurar o acesso a estas políticas, como por exemplo, o monitoramento da implementação, o apoio a estas mulheres que sairão com uma lição de casa debaixo do braço sem ter estrutura local, exceto a sua coragem e vontade de realizá-la e o aprimoramento e controle social dessas políticas. Vai dar certo, eu sei! E a vida de todas nós mulheres com e sem HIV com certeza já esta melhor, pois estamos construindo e saboreando estas misturas e processos com o melhor que cada uma trás para esta festa de cidadania.
Texto: Nair Brito